PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Homens armados mantêm cerco a dois Ministérios na Líbia
Tripoli, Líbia (PANA) - Homens armados mantinham terça-feira o cerco aos edifícios dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Justiça na Líbia, recuando assim na sua decisão de levantar o "bloqueio" imposto em redor destes departamentos de soberania apesar da satisfação da sua exigência relativa à aprovação, por maioria esmagadora, da Lei da Exclusão Política, pelo Congresso Nacional Geral (CNG, Parlamento).
Eles abrandaram o cerco ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, domingo à noite, imediatamente depois do anúncio da adoção da controversa lei.
Os habitantes da capital foram surpreendidos segunda-feira de manhã com a presença de veículos 4X4 equipados de canhões antiaéreos em redor do edifício do Ministério dos Negócios Estrangeiros, enquanto outros homens armados se desdobraram em grande número pelas ruas vizinhas.
Os veículos que rodeiam o edifício exibiam, uma semana antes, bandeirolas com slogans como "pedimos a promulgação da Lei da Exclusão Politica" e "deve acabar-se com os resíduos do antigo regime".
Mas no dia seguinte, as bandeirolas carregavam mensagens que pedem a destituição do atual Governo de Ali Zeidan, o que suscita algumas preocupações entre os observadores.
Em entrevista concedida à PANA, o professor Abou al-Kassim Omar, da Universidade de Tripoli, indicou que desejava a promulgação da Lei da Exclusão Política, mas que estava dececionado pela sua adoção sob a ameaça.
Sobre a questão dos slogans que pedem a partida do Governo, ele disse que "é claro agora que os homens armados querem mergulhar o país no vazio, na anarquia e não desejam a construção de um Estado que preserve as conquistas alcançadas".
Por seu turno, o jornalista líbio Mohamed al-Rahibi considerou que o objetivo político deste movimento "ilegal" é a destituição do Governo, nomeadamente o seu chefe, por ter pedido o desmantelamento das milícias armadas e a entrega das suas armas.
O Congresso Nacional Geral adotou domingo à noite a Lei da Exclusão Política com 164 votos a favor e quatro contra, devendo entrar em vigor 30 dias após a sua adoção.
Com esta lei, numerosos responsáveis que trabalharam com o antigo regime no período compreendido entre os anos 1969, ano do golpe de Estado militar que levou Kadafi ao poder, e 2011, ano da sua destituição, serão excluídos das funções públicas.
São assim visados pela lei os que trabalhavam como embaixadores, que é o caso do atual presidente do CNG, Mohamed al-Megreyef, apesar de ter dirigido durante 30 anos durante a mais antiga das organizações da oposição líbia no exílio.
Foi uma das razões pelas quais não quis assistir à sessão do Congresso que adotou o texto.
A lei abrange igualmente o chefe da Aliança das Forças Nacionais, vencedor das primeiras eleições democráticas organizadas no país há cerca de meio século.
Trata-se de Mahmoud Jibril que trabalhou com o antigo regime enquanto responsável da planificação.
A lei proíbe a todos aqueles a quem seja aplicável um dos seus 20 artigos de ocupar um cargo na nova Líbia, de aderir a um partido político ou de assegurar funções de direção nas empresas governamentais, nas universidades e nos órgãos de justiça durante 10 anos.
Um grande debate sobre este diploma carateriza atualmente a opinião pública líbia que, na sua maioria, receia um vazio político no país quando se sabe que a lei visa vários membros do Congresso Nacional Geral e até o próprio primeiro-ministro atual.
-0- PANA AD/IN/AAS/SOC/MAR/IZ 08maio2013
Eles abrandaram o cerco ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, domingo à noite, imediatamente depois do anúncio da adoção da controversa lei.
Os habitantes da capital foram surpreendidos segunda-feira de manhã com a presença de veículos 4X4 equipados de canhões antiaéreos em redor do edifício do Ministério dos Negócios Estrangeiros, enquanto outros homens armados se desdobraram em grande número pelas ruas vizinhas.
Os veículos que rodeiam o edifício exibiam, uma semana antes, bandeirolas com slogans como "pedimos a promulgação da Lei da Exclusão Politica" e "deve acabar-se com os resíduos do antigo regime".
Mas no dia seguinte, as bandeirolas carregavam mensagens que pedem a destituição do atual Governo de Ali Zeidan, o que suscita algumas preocupações entre os observadores.
Em entrevista concedida à PANA, o professor Abou al-Kassim Omar, da Universidade de Tripoli, indicou que desejava a promulgação da Lei da Exclusão Política, mas que estava dececionado pela sua adoção sob a ameaça.
Sobre a questão dos slogans que pedem a partida do Governo, ele disse que "é claro agora que os homens armados querem mergulhar o país no vazio, na anarquia e não desejam a construção de um Estado que preserve as conquistas alcançadas".
Por seu turno, o jornalista líbio Mohamed al-Rahibi considerou que o objetivo político deste movimento "ilegal" é a destituição do Governo, nomeadamente o seu chefe, por ter pedido o desmantelamento das milícias armadas e a entrega das suas armas.
O Congresso Nacional Geral adotou domingo à noite a Lei da Exclusão Política com 164 votos a favor e quatro contra, devendo entrar em vigor 30 dias após a sua adoção.
Com esta lei, numerosos responsáveis que trabalharam com o antigo regime no período compreendido entre os anos 1969, ano do golpe de Estado militar que levou Kadafi ao poder, e 2011, ano da sua destituição, serão excluídos das funções públicas.
São assim visados pela lei os que trabalhavam como embaixadores, que é o caso do atual presidente do CNG, Mohamed al-Megreyef, apesar de ter dirigido durante 30 anos durante a mais antiga das organizações da oposição líbia no exílio.
Foi uma das razões pelas quais não quis assistir à sessão do Congresso que adotou o texto.
A lei abrange igualmente o chefe da Aliança das Forças Nacionais, vencedor das primeiras eleições democráticas organizadas no país há cerca de meio século.
Trata-se de Mahmoud Jibril que trabalhou com o antigo regime enquanto responsável da planificação.
A lei proíbe a todos aqueles a quem seja aplicável um dos seus 20 artigos de ocupar um cargo na nova Líbia, de aderir a um partido político ou de assegurar funções de direção nas empresas governamentais, nas universidades e nos órgãos de justiça durante 10 anos.
Um grande debate sobre este diploma carateriza atualmente a opinião pública líbia que, na sua maioria, receia um vazio político no país quando se sabe que a lei visa vários membros do Congresso Nacional Geral e até o próprio primeiro-ministro atual.
-0- PANA AD/IN/AAS/SOC/MAR/IZ 08maio2013