Agência Panafricana de Notícias

Hipertensão afeta 35 porcento dos Cabo-verdianos, diz govenante

Praia, Cabo Verde (PANA) - A hipertensão atinge 35 porcento dos cabo-verdianos, de idade compreendida entre os 25 e 64 anos, sendo já a primeira causa de morte no arquipélago cabo-verdiano, apurou a PANA na cidade da Praia de fonte oficial.

Ao proceder, sexta-feira, à abertura da conferência sobre o “Estado da Arte da Abordagem da Hipertensão”, no âmbito do Dia Mundial da Saúde, a assinalar-se a 07 de Abril, a ministra-adjunta e da Saúde, Cristina Fontes Lima, chamou a atenção para os desafios que se colocam ao país em matéria desta doença não transmissível e que já atinge proporções consideráveis no arquipélago.

A governante apelou aos Cabo-verdianos para investirem numa vida saudável, a melhor forma de fazer face a esta doença e assim acrescentar mais anos de vida.

Para Cristina Fontes Lima, se a saúde é um compromisso do Estado, a responsabilidade de se manter saudável é de todos e cada um deve fazer o que pode para “estar em sintonia com o seu bem-estar”.

Segundo o presidente do Centro Nacional de Desenvolvimento Sanitário (CNDS), Artur Correia, além de ser um problema mundial de muita importância para a saúde pública, a hipertensão, em Cabo Verde, assume capital importância, uma vez que os dados disponíveis apontam para uma prevalência muito elevada no seio da população.

“É um dado muito preocupante, uma vez que a hipertensão é uma das doenças de risco que tem um grande potencial preventivo. Tudo o que podemos fazer para a combater está nas mãos das populações e tem muito a ver com a mudança do estilo de vida”, explicou.

Também o diretor-geral da Saúde, António Pedro Delgado, reconheceu que a hipertensão afeta já uma boa parte da população cabo-verdiana e que está a atingir cada vez mais pessoas, em parte devido à alimentação e ao sedentarismo.

"A prevalência do problema merece uma atenção especial, pois os dados que possuímos não nos dizem quantas pessoas usam medicamentos e quais as que não possuem qualquer controlo”, disse António Pedro Delgado, para quem há necessidade de um trabalho para se saber a real situação desta enfermidade no país .

No seu entender, trata-se de um trabalho extremamente útil para o “planeamento eficaz de estratégias de intervenção e o desenvolvimento de iniciativas mais eficazes para o combate ao principal fator de risco das doenças cardiovasculares e cérebrovasculares".

-0- PANA CS/DD 06abr2013