Agência Panafricana de Notícias

Guiné-Equatorial pode aderir à CPLP, diz analista

político Luanda- Angola (PANA) -- Um analista político angolano, Elias Chinguli de Oliveira, descartou sexta-feira, em Luanda, a existência de problemas para adesão da Guiné- Equatorial à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), por ser um acto que dimana do Direito Internacional e da vontade dos Estados.
Em entrevista à Angop, o especialista acrescentou que a Guiné-Equatorial entendeu que a CPLP pode ser uma plataforma para a realização dos seus interesses nacionais, por isso, solicitou a sua adesão à instituição.
Elias Chinguli considerou, por outro lado, a CPLP como uma organização aberta, apesar de ter como objectivo a defesa da lusofonia, podendo ser usado como meio para os países executarem as suas actividades.
De acordo com a fonte, não basta os países manifestarem a sua vontade de pertencerem a uma organização ou assinarem os pactos ou tratados, mas os mesmos textos devem ser aprovados e ratificados a nível interno, para que possam vigorar no ordenamento jurídico interno.
Para Chinguli, a Guiné-Equatorial necessita de se inserir na comunidade internacional dada a dimensão do país.
Lembrou que a Guiné-Equatorial está numa região de países francófonos e anglófonos, podendo a sua adesão ser entendida como "uma aproximação no quadro de uma língua que ela entende (o português)".