Guiné-Conakry expulsa Jornalista francês acreditado
Conakry, Guiné (PANA) - O jornalista francês Thomas Dietrich foi expulso da Guiné-Conkary sexta-feira, 48 horas após a sua chegada ao país, onde foi deportado para a fronteira após o cancelamento do seu credenciamento, indica uma nota do Ministério da Segurança e Proteção Civil, em Conakry.
Sem fornecer uma explicação detalhada, as autoridades guineenses manifestaram indignação ao jornalista, acreditado pela Alta Autoridade da Comunicação (HAC), pelas suas ações em território guineense
Dietrich chegou quarta-feira, véspera de uma marcha da Frente Nacional de Defesa da Constituição (FNDC), e estava acreditado para "cobrir" o duplo escrutínio do referendo e das eleições legislativas de 1 de março finalmente adiadas.
O jornalista teve problemas quinta-feira com a Polícia num bairro suburbano da capital, epicentro de grandes protestos e um reduto da oposição", nomeadamente a União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG).
A nota do Ministério da Segurança indica que, em vez de se limitar ao conteúdo do seu credenciamento, "a pessoa em questão envolveu-se em atividades incompatíveis com a sua missão, por um lado, e interferiu em actividades políticas internas que poderiam minar a ordem pública, por outro".
A mesma fonte salientou que o jornalista foi objeto dos mesmos procedimentos de expulsão em pelo menos três outros países africanos, salientando que foram emitidas mais de uma dezena de acreditações a jornalistas estrangeiros, que estão atualmente "a trabalhar livremente e em estrita conformidade com a lei guineense".
Durante uma manifestação anterior do FNDC, um outro jornalista francês foi-lhe retirado o credenciamento antes de ser expulso do território guineense.
-0- PANA AC/DIM/IZ 08março2020