Guiné Conakry e Serra Leoa normalizam relações bilaterais
Conakry, Guiné-Conakry (PANA) - Os Governos guineense e serraleonês decidiram neste fim de semana, em Conakry, instalar um quadro de concertações para resolver suas preocupações em prazos mais breves possíveis, soube a PANa de fonte oficial.
Num comunicado final da sua reunião de 48 horas, as duas partes indicaram que as preocupações concernem ao fecho unilateral da fronteira entre os dois países, decidido em setembro último pela Guiné Conakry, na perspetiva das eleições presidenciais de outubro de 2020, ganhas finalmente pelo Presidente cessante, Alpha Condé.
“As duas partes reafirmaram o seu compromisso a favor do reforço das relações bilaterais entre os dois países e sublinharam, além disto, a importância da livre circulação de pessoas e bens como essencial para o desenvolvimento dos nossos dois Estados”, lê-se na declaração comum, lida pelo ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Ibrahima Kalil Kaba.
Durante a 58.ª sessão ordinária da cimeira dos chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) realizada por visioconferência, o Presidente serraleonês, Julus Maada Bio, queixou-se do fecho unilateral da fronteira pela Guiné Conakry e pediu à organização sub-regional para refletir sobre o velho conflito fronteiriço, nomeadamente em Yenga, entre os dois países.
Alguns dias após a reunião da CEDEAO, o chefe do Estado serraleonês enviou a Conakry uma delegação liderada pelo presidente da Assembleia Nacional, Abass Bundu, recebida em audiência pelo Presidente Condé.
A Guiné-Conakry fechou unilateralmente as suas fronteiras com a Serra Leoa, o Senegal e a Guiné-Bissau.
-0- PANA AC/JSG/SOC/FK/DD 31jan2021