Conakry, Guiné (PANA) - O Comité Nacional para a Coligação e Desenvolvimento (CNRD), no poder, desde a 5 de setembro últimk, anunciou segunda-feira à noite que as fronteiras do país com o Mali não serão encerradas, contrariando assim uma decisão tomada pela Cimeira dos Chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Reunidos domingo em Accra, Gana, os chefes de Estado da CEDEAO pediram aos seus países membros, que têm uma fronteira comum com o Mali, para a fecharem devido ao desrespeito dos compromissos por parte da junta maliana (CNRD) que diz não poder organizar eleições gerais no país a 27 de fevereiro próximo.
Num comunicado lido na televisão, o CNRD disse que não está associado às decisões da cimeira e que, portanto, deixa as suas fronteiras terrestres, marítimas e aéreas abertas a "todos os países irmãos" da Guiné que, segundo o texto, continua ligada à sua visão pan-africana.
Porém, a Guiné Conakry reitera a sua vontade de respeitar e aplicar acordos, convenções e tratados bilaterais e multilaterais.
As reuniões dos chefes de Estado da CEDEAO e da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) tomaram várias medidas contra o Mali e ordenaram a retirada dos seus embaixadores acreditados naquele país.
-0- PANA AC/JSG/MAR/DD 11jan2021