Guillaume Soro saúda regresso de Laurent Gbagbo à Côte d´Ivoire
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - O regresso à Côte d´Ivoire do ex-Presidente Laurent Gbagbo deve ser uma oportunidade para virar definitivamente a página de duas décadas de divisões, declarou quinta-feira o ex-presidente do Parlamento ivoiriense, Guillaume Soro (de 2012 a 2019).
“O regresso deste filho da Côte d´Ivoire deve ser uma oportunidade para virar definitivamente a página de duas décadas de divisões e conflitos e enveredar irremediavelmente pela via do renascimento da nossa pátria, através da reconciliação verdadeira e sincera entre todos os seus habitantes” , escreveu Soro num comunicado.
Definitivamente absolvido, em 2019, pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) que o detinha por acusações de crimes contra a humanidade, Laurent Gbagbo, ex-Presidente da República da Côte d´Ivoire (de 2000 a 2011), decidiu regressar ao seu país, quinta-feira, 17 de junho de 2021.
"Saúdo esta importante decisão e manifesto a minha solidariedade ao Presidente Laurent Gbagbo, quando ele puser os seus pés na sua terra natal, a 17 de junho de 2021, depois de uma década de isolamento", lê-se na nota.
Para ele, este regresso marca um passo importante no processo de reconciliação nacional entre as filhas e os filhos da Côte d´Ivoire.
“Apelo à consolidação deste processo político através da libertação de todos os prisioneiros políticos e militares ainda detidos e do regresso ao seu país de todos os Ivoirienses forçados a exilar-se”, escreveu Soro, exilado na França há dois anos.
Ex-líder da rebelião dos anos 2000, Guillaume Soro, de 49 anos de idade, estava em julgamento por contumácia desde a 19 de maio último, na Cõte d'Ivoire.
Quarta-feira última, 16 de junho de 2021, o Tribunal de Abidjan requereu uma pena de prisão perpétua contra Soro, acusado de conspirar contra o Governo ivoiriense.
Soro e 19 dos seus apoiantes são acusados de "conspiração, tentativa de atentado contra a autoridade do Estado, divulgação e publicação de notícias falsas, lesivas às instituições e ao seu funcionamento, e desmoralizantes as populações", segundo o acórdão reenviado diante do Tribunal Criminal de Abidjan.
-0- PANA TNDD/JSG/SOC/MAR/DD 17junho2021