PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Guerra de resultados em torno de tendências das presidenciais no Benin
Cotonou, Benin (PANA) - Os apoiantes dos dois principais candidatos à Presidência do Benin, o chefe de Estado cessante Yayi Boni e o seu rival Adrien Houngbedji, começaram a reivindicar prematuramente a maioria de votos nas urnas em relação às eleições presidenciais de domingo passado, constatou a PANA em Cotonou, capital económica do país.
Porém, estas reivindicações ocorrem contrariam a determinação da Comissão Eleitoral Nacional Autónoma (CENA) de divulgar as tendências só a partir de quinta-feira e apesar de o Tribunal Constitucional não ter ainda números ao seu dispor.
Já na segunda-feira de manhã, certos órgãos de imprensa anunciaram a possibilidade de um KO dado por Boni Yayi que teria vencido os seus adversários logo na primeira volta.
Estas tendências retomadas pelas rádios e pelos canais de televisão indignaram Adrein Houngbédji, candidato único duma coligação da oposição e principal adversário do Presidente cessante.
“Nós somos a maioria no país e continuamos a ser maioria”, declarou Houngbédji, denunciando uma manobra de intoxicação do campo adversário que, "através de folhetos e meios de comunicação social, pretende insinuar que não haverá uma segunda volta do escrutínio", declarou Houngbédji.
Segundo ele, é no interesse de se ter uma "democracia pacífica" em todas as eleições presidenciais que todos os candidatos sempre se abstiveram de proclamar resultados antes de a CENA revelar as tendências e antes da sua confirmação pelo Tribunal Constitucional.
"Sou candidato pela quinta vez e nunca deixei de cumprir esta regra”, sublinha o candidato de 69 anos de idade que se concorre pela última vez às eleições presidenciais.
Ele diz ter obtido no Ouémé (seu bastião) uma maioria consolidada de 80 porcento e perto de 70 porcento em Plateau.
Em Cotonou, bastião da Renascença do Benin (RB) de Nicéphore Sogo, presidente honorário da coligação União faz a Nação (UN), o candidato declara ter obtido a maioria dos votos "graças ao dinamismo da UN, tal como em Calavi, em Godomey e em Zou".
Houngbédji diz também ter conquistado Couffo, bastião de Bruno Amoussou, presidente da UN, mesmo admitindo ser forçado a aceitar um empate de votos com o Presidente cessante em Collines, região donde Yayi Boni é originário.
Nas circunscrições onde Yayi Boni é suposto obter mais votos (quatro departamentos do norte), este teria obtido 70 porcento, revelou Houngbédji.
A réplica dos partidários de Yayi não se fez esperar.
Para Marcel de Sousa, porta voz do candidato, “não haverá guerra dos números porque, tendo em conta as tendências à nossa disposição, seria difícil considerar uma segunda volta o que, a confirmar-se, permitiria fazer economias para as finanças públicas".
Segundo ele, o candidato Yayi Boni é de longe o vencedor em seis departamentos contra quatro do candidato da UN, que teria "amplamente vencido" nos departamentos de Ouémé e Palteau.
No Atlântico-Litoral, os dois candidatos teriam empatado com base em 40 porcentos dos votos apurados, precisou.
A polémica sobre o KO de Yayi na primeira volta começou segunda-feira via dois orgãos de imprensa, propagou-se terça-feira a vários outros média, reconhecidos como parceiros do poder, dos quais alguns avançam uma vitória de 54 porcento dos votos expressos.
Os seus confrades da oposição, apostam numa segunda volta "inevitável" e divulgaram, terça-feira à noite, números a sustentar que Houngbedji seria maioritário com 46,3 por cento dos votos contra 44, 5 porcento do Presidente cessante.
Abdoulaye Bio Tchané, candidato que teria ficado na terceira posição, segundo tais tendências, não parece interessado pela guerra dos números.
Em vez disso, ele denúncia disfunções, incluíndo "compras de consciências por milhões, registo eleitoral duramente contestado, fraudes maciças, enchimento de urnas e dezenas de assembleias de voto fitícias, como provas evidentes do retrocesso da democracia do Benin".
Por seu turno, o presidente da CENA, orgão responsável pelo anúncio dos resultados provisórios, condenou a proclamação dessas tendências pela imprensa antes da abertura das urnas para a contagem dos votos, e lembrou que os resultados só podem ser proclamados pelo Tribunal Constitucional".
Os números avançados até agora pela imprensa são os recolhidos nas assembleias de voto e centralizados por cada candidatura.
Mais de três milhões e 500 mil Beninenses foram às urnas, domingo, para eleger um novo Presidente da República entre 13 candidatos incluindo o atual chefe de Estado, no poder desde 6 de Abril de 2006.
-0- PANA IT/JSG/IBA/CCF/IZ 16março201
Porém, estas reivindicações ocorrem contrariam a determinação da Comissão Eleitoral Nacional Autónoma (CENA) de divulgar as tendências só a partir de quinta-feira e apesar de o Tribunal Constitucional não ter ainda números ao seu dispor.
Já na segunda-feira de manhã, certos órgãos de imprensa anunciaram a possibilidade de um KO dado por Boni Yayi que teria vencido os seus adversários logo na primeira volta.
Estas tendências retomadas pelas rádios e pelos canais de televisão indignaram Adrein Houngbédji, candidato único duma coligação da oposição e principal adversário do Presidente cessante.
“Nós somos a maioria no país e continuamos a ser maioria”, declarou Houngbédji, denunciando uma manobra de intoxicação do campo adversário que, "através de folhetos e meios de comunicação social, pretende insinuar que não haverá uma segunda volta do escrutínio", declarou Houngbédji.
Segundo ele, é no interesse de se ter uma "democracia pacífica" em todas as eleições presidenciais que todos os candidatos sempre se abstiveram de proclamar resultados antes de a CENA revelar as tendências e antes da sua confirmação pelo Tribunal Constitucional.
"Sou candidato pela quinta vez e nunca deixei de cumprir esta regra”, sublinha o candidato de 69 anos de idade que se concorre pela última vez às eleições presidenciais.
Ele diz ter obtido no Ouémé (seu bastião) uma maioria consolidada de 80 porcento e perto de 70 porcento em Plateau.
Em Cotonou, bastião da Renascença do Benin (RB) de Nicéphore Sogo, presidente honorário da coligação União faz a Nação (UN), o candidato declara ter obtido a maioria dos votos "graças ao dinamismo da UN, tal como em Calavi, em Godomey e em Zou".
Houngbédji diz também ter conquistado Couffo, bastião de Bruno Amoussou, presidente da UN, mesmo admitindo ser forçado a aceitar um empate de votos com o Presidente cessante em Collines, região donde Yayi Boni é originário.
Nas circunscrições onde Yayi Boni é suposto obter mais votos (quatro departamentos do norte), este teria obtido 70 porcento, revelou Houngbédji.
A réplica dos partidários de Yayi não se fez esperar.
Para Marcel de Sousa, porta voz do candidato, “não haverá guerra dos números porque, tendo em conta as tendências à nossa disposição, seria difícil considerar uma segunda volta o que, a confirmar-se, permitiria fazer economias para as finanças públicas".
Segundo ele, o candidato Yayi Boni é de longe o vencedor em seis departamentos contra quatro do candidato da UN, que teria "amplamente vencido" nos departamentos de Ouémé e Palteau.
No Atlântico-Litoral, os dois candidatos teriam empatado com base em 40 porcentos dos votos apurados, precisou.
A polémica sobre o KO de Yayi na primeira volta começou segunda-feira via dois orgãos de imprensa, propagou-se terça-feira a vários outros média, reconhecidos como parceiros do poder, dos quais alguns avançam uma vitória de 54 porcento dos votos expressos.
Os seus confrades da oposição, apostam numa segunda volta "inevitável" e divulgaram, terça-feira à noite, números a sustentar que Houngbedji seria maioritário com 46,3 por cento dos votos contra 44, 5 porcento do Presidente cessante.
Abdoulaye Bio Tchané, candidato que teria ficado na terceira posição, segundo tais tendências, não parece interessado pela guerra dos números.
Em vez disso, ele denúncia disfunções, incluíndo "compras de consciências por milhões, registo eleitoral duramente contestado, fraudes maciças, enchimento de urnas e dezenas de assembleias de voto fitícias, como provas evidentes do retrocesso da democracia do Benin".
Por seu turno, o presidente da CENA, orgão responsável pelo anúncio dos resultados provisórios, condenou a proclamação dessas tendências pela imprensa antes da abertura das urnas para a contagem dos votos, e lembrou que os resultados só podem ser proclamados pelo Tribunal Constitucional".
Os números avançados até agora pela imprensa são os recolhidos nas assembleias de voto e centralizados por cada candidatura.
Mais de três milhões e 500 mil Beninenses foram às urnas, domingo, para eleger um novo Presidente da República entre 13 candidatos incluindo o atual chefe de Estado, no poder desde 6 de Abril de 2006.
-0- PANA IT/JSG/IBA/CCF/IZ 16março201