PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Grupo de Apoio Orçamental regista crescimento de 3,9 porcento em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Grupo de Apoio Orçamental (GAO) a Cabo Verde revelou, quinta-feira, na cidade da Praia, que o Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago cresceu 3,9 % em 2016, muito acima dos 1,1 pontos percentuais registados no ano anterior, apurou a PANA de fonte segura.
Em conferência de imprensa para fazer o balanço da última missão da avaliação do grupo, o representante do GAO, Luís Maia, esclareceu que esse incremento da atividade económica foi impulsionado pela agricultura, pelo turismo e por serviços ligados à atividade turística.
“A procura interna mostrou sinais de recuperação com o aumento do consumo do Governo, assim como do crédito ao privado”, precisou o também chefe da Cooperação da União Europeia com Cabo Verde.
Ao apresentar o relatório de uma visita de três dias do GAO ao arquipélago cabo-verdiano, Luís Mais assegurou que os indicadores económicos mostram que esta tendência de crescimento da economia cabo-verdiano deverá continuar em 2017.
No entanto, ele advertiu que a procura interna permanecerá fraca e que as incertezas na economia internacional poderão representar riscos para o crescimento económico no país.
Em relação ao défice orçamental, ele disse que este atingiu os 3,6 porcento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, o que, segundo o GAO, representa uma melhoria de 1,0 ponto percentual em relação a 2015.
“Embora o défice orçamental seja inferior ao do ano anterior, não foi, todavia, suficiente para reduzir o estoque da dívida, que aumentou 4,4 pontos percentuais, atingindo 131,2 do PIB”, precisou.
Por isso, o GAO recomenda ao Governo atuar “rapidamente” no sentido de melhorar a capacidade de gestão da dívida, incluindo uma estratégica de redução da mesma.
Entretanto, o GAO saudou o Governo cabo-verdiano pelas medidas de reestruturação das operações internas dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), assegurando a continuidade das ligações domésticas que passam a estar, a partir de 01 de agosto, a cargo da Binter CV, uma companhia aérea privada.
“Os parceiros do GAO mostram-se encorajados pela intenção das autoridades de rapidamente encontrar uma solução para o transporte internacional”, disse Luís Maia, preconizando a resolução da componente internacional de forma responsável, do ponto de vista orçamental, de modo a minimizar a dívida pública do país.
O representante acrescentou que o Banco Mundial poderá retomar discussões sobre o apoio orçamental a Cabo Verde, atualmente suspenso, quando for encontrada uma solução adequada para operações internacionais dos TACV, assim como a disponibilização de um plano para a resolução da dívida da empresa.
Por outro lado, o GAO apoia a estratégia do Governo de promover “uma mais forte” contribuição do setor privado para a economia, apontando o elevado custo de eletricidade, as fraquezas do capital humano e condições restritivas de crédito como os principais constrangimentos ao crescimento económico de Cabo Verde.
“A integração relativamente fraca do setor do turismo com os setores da economia continua a representar uma oportunidade perdida para um crescimento mais inclusivo e para a redução da pobreza” precisou Luís Maia.
A missão da GAO conta com representantes do Banco Mundial, do Luxemburgo, da União Europeia, com o objetivo de contribuir para o Orçamento do Estado, através de donativos e empréstimos, a fim de apoiar as principais políticas dos governantes em prol do desenvolvimento económico e social de Cabo Verde.
Neste sentido, Luís Maia lembrou que, no âmbito do apoio orçamental, em fevereiro último, a União Europeia disponibilizou sete milhões de euros para apoiar o Governo na reabilitação das infraestruturas danificadas pelas chuvas torrenciais registadas, no ano transato em Santo Antão.
-0- PANA CS/DD 09junho2017
Em conferência de imprensa para fazer o balanço da última missão da avaliação do grupo, o representante do GAO, Luís Maia, esclareceu que esse incremento da atividade económica foi impulsionado pela agricultura, pelo turismo e por serviços ligados à atividade turística.
“A procura interna mostrou sinais de recuperação com o aumento do consumo do Governo, assim como do crédito ao privado”, precisou o também chefe da Cooperação da União Europeia com Cabo Verde.
Ao apresentar o relatório de uma visita de três dias do GAO ao arquipélago cabo-verdiano, Luís Mais assegurou que os indicadores económicos mostram que esta tendência de crescimento da economia cabo-verdiano deverá continuar em 2017.
No entanto, ele advertiu que a procura interna permanecerá fraca e que as incertezas na economia internacional poderão representar riscos para o crescimento económico no país.
Em relação ao défice orçamental, ele disse que este atingiu os 3,6 porcento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, o que, segundo o GAO, representa uma melhoria de 1,0 ponto percentual em relação a 2015.
“Embora o défice orçamental seja inferior ao do ano anterior, não foi, todavia, suficiente para reduzir o estoque da dívida, que aumentou 4,4 pontos percentuais, atingindo 131,2 do PIB”, precisou.
Por isso, o GAO recomenda ao Governo atuar “rapidamente” no sentido de melhorar a capacidade de gestão da dívida, incluindo uma estratégica de redução da mesma.
Entretanto, o GAO saudou o Governo cabo-verdiano pelas medidas de reestruturação das operações internas dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), assegurando a continuidade das ligações domésticas que passam a estar, a partir de 01 de agosto, a cargo da Binter CV, uma companhia aérea privada.
“Os parceiros do GAO mostram-se encorajados pela intenção das autoridades de rapidamente encontrar uma solução para o transporte internacional”, disse Luís Maia, preconizando a resolução da componente internacional de forma responsável, do ponto de vista orçamental, de modo a minimizar a dívida pública do país.
O representante acrescentou que o Banco Mundial poderá retomar discussões sobre o apoio orçamental a Cabo Verde, atualmente suspenso, quando for encontrada uma solução adequada para operações internacionais dos TACV, assim como a disponibilização de um plano para a resolução da dívida da empresa.
Por outro lado, o GAO apoia a estratégia do Governo de promover “uma mais forte” contribuição do setor privado para a economia, apontando o elevado custo de eletricidade, as fraquezas do capital humano e condições restritivas de crédito como os principais constrangimentos ao crescimento económico de Cabo Verde.
“A integração relativamente fraca do setor do turismo com os setores da economia continua a representar uma oportunidade perdida para um crescimento mais inclusivo e para a redução da pobreza” precisou Luís Maia.
A missão da GAO conta com representantes do Banco Mundial, do Luxemburgo, da União Europeia, com o objetivo de contribuir para o Orçamento do Estado, através de donativos e empréstimos, a fim de apoiar as principais políticas dos governantes em prol do desenvolvimento económico e social de Cabo Verde.
Neste sentido, Luís Maia lembrou que, no âmbito do apoio orçamental, em fevereiro último, a União Europeia disponibilizou sete milhões de euros para apoiar o Governo na reabilitação das infraestruturas danificadas pelas chuvas torrenciais registadas, no ano transato em Santo Antão.
-0- PANA CS/DD 09junho2017