Grupo belga abre fábrica de óleo de palma em São Tomé
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, inaugurou quinta-feira, no sul da ilha de São-Tomé, uma fábrica de óleo de palma detida pelo grupo belga Sofinco, num investimento avaliado em 30 milhões de euros.
Inaugurada depois da bênção do bispo dom Manuel António, a nova unidade fabril de produção de óleo de palma e derivados, com a designação de Agripalma, "vai permitir equilibrar a balança de pagamentos deficitária" do arquipélago, segundo Jorge Bom Jesus.
O chefe do Governo são-tomense aproveitou a ocasião para convidar as empresas estrangeiras a investirem no arquipélago, sublinhando a necessidade de haver "um desenvolvimento ecossustentável", na Ribeira Peixe, na região sul do arquipélago.
O empreendimento vai empregar 800 trabalhadores, na sua maioria da mão-de-obra da zona sul (distrito de Cauê), e tem capacidade de produzir 10 mil toneladas de óleo de palma por ano, depois de a empresa receber a sua certificação biológica, nos últimos dois anos.
O empresário português José Cortez revelou, na ocasião, que a primeira produção encomendada para as festas do Natal e de Fim de Ano, a caminho da Europa, foi requisitada antes de o produto estar pronto.
Disse que, para os próximos seis meses, toda a produção foi vendida ao mercado europeu e asiático, havendo, por isso, “motivos para sorrir" e que aposta é melhorar a qualidade.
“Perspetivamos exportar 500 a 600 contentores por ano, estamos num bom caminho, porque a solicitação é enorme”, afirmou o presidente do grupo belga, Sofinco Luc Boedt.
A Agripalma é o maior projeto agroindustrial de São Tomé. Há 10 anos, o grupo Sofinco tentou implementar do projeto, mas foi acusado de crime ambiental, face ao abate de árvores e destruição da biodiversidade.
-0- PANA RMG/IZ 13dez2019