Agência Panafricana de Notícias

Greve dos trabalhadores da saúde em São Tomé e Príncipe

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - A greve geral por tempo indeterminado convocada pelos sindicatos do setor da saúde em São Tomé e Príncipe inicia esta segunda-feira, soube-se de fonte sindical em São Tomé.

Falando à imprensa, o secretário-geral da Organização dos Trabalhadores de São Tomé e Príncipe (ONSTP), João Tavares, apelou às outras organizações sindicais a apoiarem a greve para que ela seja um sucesso.

O sindicalista afirmou que a greve é um direito dos trabalhadores, adiantando que o primeiro-ministro, Gabriel Costa, deveria optar por negociações para encontrar uma solução para o problema.

João Tavares acusou o jurista e primeiro-ministro Gabriel Costa de "falta com a verdade", ao ter dito que reuniu com os sindicatos para discutir no Conselho de Concertação Social o Orçamento Geral do Estado.

“Exigimos ao governo que nos desse uma cópia do orçamento e a proposta de aumento salarial e até então não nos deu. Conseguimos através de amizades e vias bilaterais e neste orçamento não contempla e não diz nada que vai haver implementação da carreira para o pessoal da saúde”, sublinhou.

A ONSTP e o governo estiveram reunidos reunidos durante seis horas, mas o resultado do encontro foi infrutífero.

Face à ausência do serviço mínimo para greve, João Tavares assegurou que caberá ao governo assumir as consequências que advirem esta segunda-feira.

O líder da central sindical que congrega várias organizações exortou Gabriel Costa a “falar menos e trabalhar mais”.

O sindicalista disse ter alertado o primeiro-ministro que o Orçamento Geral do Estado de 2013 e o seu programa do governo eram "ilegais", tendo em conta que os mesmos não foram discutidos com os sindicatos no Concelho de Concertação Social.

“Já não há período de graça, fomos dando período de graça a sucessivos governos o que demos conta é que os trabalhadores estão mais desgraçados", disse o secretário-geral da Organização dos Trabalhadores de São Tomé e Príncipe (ONSTP).

O governo de Gabriel Costa parece estar num fogo cruzado, visto que o Sindicato dos Trabalhadores do Estado (STE) entregou um caderno reivindicativo exigindo aumento salarial.

A fixação do salário mínimo nacional em 250 dólares norte-americanos é uma das exigências dos funcionários públicos, segundo o secretário-geral do STE, Aurélio Silva.

-0- PANA RMG/TON 10março2013