PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Greve de docentes propaga-se no Malawi
Blantyre, Malawi (PANA) - Os docentes da Faculdade de Agricultura de Bunda, um departamento da Universidade do Malawi, juntaram-se quinta-feira aos seus colegas do Chancellor College e da Escola Politécnica que decidiram boicotar as aulas até que o
inspetor-geral da Polícia, Peter Mukhito, lhes peça desculpas e lhes garanta o que chamam de "liberdade académica".
O presidente da Comissão Académica e Administrativa da Faculdade de Agricultura, David Mkwambisi, confirmou que o pessoal docente desta instituição baseada em Lilongwe resolveu escrever ao chefe da Polícia, na quarta-feira, com o ultimado de apresentar desculpas e garantir-lhes o respeito pela sua liberdade académica até às 18:00 horas locais, sem o qual iriam juntar-se ao movimento grevista.
"A liberdade académica é garantida pela Constituição e o que aconteceu no Chancellor College é inaceitável para toda a comunidade universitária", disse Mkwambisi.
Ele indicou que estava ausente do país na altura dos factos, o que explica o atraso da Faculdade de Agricultura em aderir à greve iniciada pelo Chancellor College na cidade oriental de Zomba, desde o mês passado, após a detenção do professor Blessings Chisinga pela Polícia por um exemplo dado na aula.
Chinsinga teria dito que crises como a atual escassez de combustível no Malawi poderiam levar a rebeliões como as que derrubaram os governos da Tunísia e do Egito.
Um aluno da sua sala teria informado o chefe da Polícia de que o professor incentivou os alunos a rebelar-se contra o Governo do Presidente Bingu wa Mutharika.
Os professores do Chancellor College reagiram à detenção de Chinsinga com o abandono das aulas e exigindo um pedido de desculpas e a garantia de que a liberdade académica seria respeitada, mas o chefe da Polícia respondeu que era necessário haver um equilíbrio entre a liberdade académica e a segurança nacional.
O Presidente Mutharika, que é ao mesmo tempo reitor da Universidade do Malawi e comandante-em-chefe da Polícia nacional, apoiou o comandante-geral da Polícia que ele descreveu como "um dos melhores inspetores-gerais da Polícia que o Malawi já teve."
Por conseguinte, ele sublinhou que Mukhito "não apresentaria desculpas a ninguém", neste caso.
O chefe de Estado ordenou domingo que os professores do Chancellor College a voltassem às aulas o mais tardar, segunda-feira, mas estes não obedeceram.
Em vez disso, os seus colegas da Escola Politécnica de Blantyre uniram-se a eles e a Faculdade de Bunda tornou-se assim no terceiro departamento da Universidade do Malawi a juntar-se à greve.
O corpo docente da Escola de Enfermagem de Kamuzu em Lilongwe e da Escola de Medicina de Blantyre deverão reunir-se nos próximos dias para decidir se vão ou não aderir à greve.
Os alunos das instituições envolvidas também pretendem organizar manifestações para exigir que o ministro da Educação, Ciência e Tecnologias, e irmão do Presidente, Pedro Mutharika, a intervenha para encontrar uma solução duradoura para o impasse entre professores e o chefe da Polícia.
-0- PANA RT/SEG/FJG/JSG/CCF/IZ 17março2011
inspetor-geral da Polícia, Peter Mukhito, lhes peça desculpas e lhes garanta o que chamam de "liberdade académica".
O presidente da Comissão Académica e Administrativa da Faculdade de Agricultura, David Mkwambisi, confirmou que o pessoal docente desta instituição baseada em Lilongwe resolveu escrever ao chefe da Polícia, na quarta-feira, com o ultimado de apresentar desculpas e garantir-lhes o respeito pela sua liberdade académica até às 18:00 horas locais, sem o qual iriam juntar-se ao movimento grevista.
"A liberdade académica é garantida pela Constituição e o que aconteceu no Chancellor College é inaceitável para toda a comunidade universitária", disse Mkwambisi.
Ele indicou que estava ausente do país na altura dos factos, o que explica o atraso da Faculdade de Agricultura em aderir à greve iniciada pelo Chancellor College na cidade oriental de Zomba, desde o mês passado, após a detenção do professor Blessings Chisinga pela Polícia por um exemplo dado na aula.
Chinsinga teria dito que crises como a atual escassez de combustível no Malawi poderiam levar a rebeliões como as que derrubaram os governos da Tunísia e do Egito.
Um aluno da sua sala teria informado o chefe da Polícia de que o professor incentivou os alunos a rebelar-se contra o Governo do Presidente Bingu wa Mutharika.
Os professores do Chancellor College reagiram à detenção de Chinsinga com o abandono das aulas e exigindo um pedido de desculpas e a garantia de que a liberdade académica seria respeitada, mas o chefe da Polícia respondeu que era necessário haver um equilíbrio entre a liberdade académica e a segurança nacional.
O Presidente Mutharika, que é ao mesmo tempo reitor da Universidade do Malawi e comandante-em-chefe da Polícia nacional, apoiou o comandante-geral da Polícia que ele descreveu como "um dos melhores inspetores-gerais da Polícia que o Malawi já teve."
Por conseguinte, ele sublinhou que Mukhito "não apresentaria desculpas a ninguém", neste caso.
O chefe de Estado ordenou domingo que os professores do Chancellor College a voltassem às aulas o mais tardar, segunda-feira, mas estes não obedeceram.
Em vez disso, os seus colegas da Escola Politécnica de Blantyre uniram-se a eles e a Faculdade de Bunda tornou-se assim no terceiro departamento da Universidade do Malawi a juntar-se à greve.
O corpo docente da Escola de Enfermagem de Kamuzu em Lilongwe e da Escola de Medicina de Blantyre deverão reunir-se nos próximos dias para decidir se vão ou não aderir à greve.
Os alunos das instituições envolvidas também pretendem organizar manifestações para exigir que o ministro da Educação, Ciência e Tecnologias, e irmão do Presidente, Pedro Mutharika, a intervenha para encontrar uma solução duradoura para o impasse entre professores e o chefe da Polícia.
-0- PANA RT/SEG/FJG/JSG/CCF/IZ 17março2011