PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Greve da Polícia regista adesão expressiva em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O primeiro dos três dias de greve na Polícia Nacional (PN) em Cabo Verde ficou marcado, quarta-feira, por uma adesão expressiva dos efetivos, que também saíram às ruas em quase todo o arquipélago para exigirem melhorias salariais.
Os grevistas exigem o cumprimento de um memorando assinado com o Governo, em março passado, que contempla a atualização salarial, a redução da carga horária e a introdução de um regulamento de trabalho, entre outros.
O pagamento do subsídio da condição policial à guarda fiscal, com efeitos retroativos, e
o pagamento de 25 porcento sobre o vencimento, como subsídio de condução, ao pessoal da PN que exerce, cumulativamente, as funções de condutores, figuram igualmente entre as reivindicações.
Em declarações à imprensa, o presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), José Barbosa, garantiu que a adesão à greve de três dias, iniciada quarta-feira pelos agentes, ronda os 99 porcento, apesar de o Governo ter recorrido à requisição civil para minimizar os efeitos da paralisação.
Por sua vez, o Governo estimou em cerca de 40 porcento a adesão dos agentes da Polícia ao primeiro de três dias de greve.
De acordo com dados da Direção Nacional da PN, dos 609 efetivos escalados nos diferentes serviços operacionais e nos serviços burocráticos, 59,28 porcento compareceu ao serviço, sendo que todas as unidades policiais funcionam com o regime de turnos de serviço de seis, oito, 12 e até de 24 horas.
Entretanto, dados divulgados pela imprensa local dão conta de que, mesmo com a requisição civil determinada pelo Governo, a greve geral na Polícia Nacional estava a ter a adesão massiva dos polícias, havendo esquadras praticamente fechadas ou a funcionar a meio gás.
Na capital e principal centro urbano do país, a PANA constatou que centenas de agentes da PN se manifestaram, quarta-feira, pelas ruas da cidade da Praia e pediram a demissão do ministro da Administração Interna, Paulo Rocha.
Os polícias, todos vestidos com camisolas negras do sindicato que representa a classe (SINAPOL), também exibiam cartazes a pedir "mais dignidade salarial", "carga horária legal", tratamento digno e garantiram que vão continuar a lutar pelos seus direitos.
A manifestação passou também pela Direção Nacional da Polícia, no centro histórico da cidade, onde gritavam bem alto palavras de ordem pedindo respeito por parte do ministro da Administração Interna dos compromissos assumidos com a corporação policial.
José Barbosa acusou o Governo de ser "desleal" e de "andar sempre a fugir", garantindo que o SINAPOL sempre esteve e continuará aberto para negociar e chegar a "um ponto de equilíbrio".
"Mas não é com falta de respeito, nem com deslealdade, nem com mentiras. Estamos perplexos a ouvir o ministro a dizer que caso a greve saísse em nada afetaria o país e que ele também se iria demitir. Esperamos a coerência dele", desafiou o sindicalista.
Segundo ele, ainda é possível concertar com o Governo, mas "com este ministro já não há condições".
O SINAPOL acusa o Governo de não ter cumprido o memorando de entendimento assinado em março, no qual se comprometia a atender às reivindicações dos polícias e que levou à desconvocação de uma greve marcada nessa altura.
Por sua vez, o ministro da Administração Interna recusou qualquer ideia de se demitir, por causa da greve da Policia Nacional, alegando que “uma boa parte dos efetivos não aderiu à greve” e ameaçou que, posteriormente, serão assacadas responsabilidades aos que não acataram a requisição civil.
Em conferência de imprensa, Paulo Rocha admite a existência de várias unidades da Polícia Nacional desfalcadas e alerta que serão responsabilizados disciplinar, criminal e civilmente os que faltaram à requisição civil.
O governante disse sentir-se tranquilo, não obstante ter ficado associado à primeira greve de sempre da Polícia Nacional na história de Cabo Verde.
-0- PANA CS/IZ 28dez2018
Os grevistas exigem o cumprimento de um memorando assinado com o Governo, em março passado, que contempla a atualização salarial, a redução da carga horária e a introdução de um regulamento de trabalho, entre outros.
O pagamento do subsídio da condição policial à guarda fiscal, com efeitos retroativos, e
o pagamento de 25 porcento sobre o vencimento, como subsídio de condução, ao pessoal da PN que exerce, cumulativamente, as funções de condutores, figuram igualmente entre as reivindicações.
Em declarações à imprensa, o presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), José Barbosa, garantiu que a adesão à greve de três dias, iniciada quarta-feira pelos agentes, ronda os 99 porcento, apesar de o Governo ter recorrido à requisição civil para minimizar os efeitos da paralisação.
Por sua vez, o Governo estimou em cerca de 40 porcento a adesão dos agentes da Polícia ao primeiro de três dias de greve.
De acordo com dados da Direção Nacional da PN, dos 609 efetivos escalados nos diferentes serviços operacionais e nos serviços burocráticos, 59,28 porcento compareceu ao serviço, sendo que todas as unidades policiais funcionam com o regime de turnos de serviço de seis, oito, 12 e até de 24 horas.
Entretanto, dados divulgados pela imprensa local dão conta de que, mesmo com a requisição civil determinada pelo Governo, a greve geral na Polícia Nacional estava a ter a adesão massiva dos polícias, havendo esquadras praticamente fechadas ou a funcionar a meio gás.
Na capital e principal centro urbano do país, a PANA constatou que centenas de agentes da PN se manifestaram, quarta-feira, pelas ruas da cidade da Praia e pediram a demissão do ministro da Administração Interna, Paulo Rocha.
Os polícias, todos vestidos com camisolas negras do sindicato que representa a classe (SINAPOL), também exibiam cartazes a pedir "mais dignidade salarial", "carga horária legal", tratamento digno e garantiram que vão continuar a lutar pelos seus direitos.
A manifestação passou também pela Direção Nacional da Polícia, no centro histórico da cidade, onde gritavam bem alto palavras de ordem pedindo respeito por parte do ministro da Administração Interna dos compromissos assumidos com a corporação policial.
José Barbosa acusou o Governo de ser "desleal" e de "andar sempre a fugir", garantindo que o SINAPOL sempre esteve e continuará aberto para negociar e chegar a "um ponto de equilíbrio".
"Mas não é com falta de respeito, nem com deslealdade, nem com mentiras. Estamos perplexos a ouvir o ministro a dizer que caso a greve saísse em nada afetaria o país e que ele também se iria demitir. Esperamos a coerência dele", desafiou o sindicalista.
Segundo ele, ainda é possível concertar com o Governo, mas "com este ministro já não há condições".
O SINAPOL acusa o Governo de não ter cumprido o memorando de entendimento assinado em março, no qual se comprometia a atender às reivindicações dos polícias e que levou à desconvocação de uma greve marcada nessa altura.
Por sua vez, o ministro da Administração Interna recusou qualquer ideia de se demitir, por causa da greve da Policia Nacional, alegando que “uma boa parte dos efetivos não aderiu à greve” e ameaçou que, posteriormente, serão assacadas responsabilidades aos que não acataram a requisição civil.
Em conferência de imprensa, Paulo Rocha admite a existência de várias unidades da Polícia Nacional desfalcadas e alerta que serão responsabilizados disciplinar, criminal e civilmente os que faltaram à requisição civil.
O governante disse sentir-se tranquilo, não obstante ter ficado associado à primeira greve de sempre da Polícia Nacional na história de Cabo Verde.
-0- PANA CS/IZ 28dez2018