Greenpeace aumenta pressão sobre África do Sul contra energia nuclear

Lagos, Nigéria (PANA) - A Greenpeace Africa intensificou quarta-feira a sua pressão sobre o Governo sul-africano para que este reveja com urgência o seu interesse pela energia nuclear.

Mais de 20 ativistas manifestaram-se diante do Ministério sul-africano da Energia para recordar ao Governo da África do Sul que deve antes adotar as energias renováveis.

A Greenpeace depositou uma petição apelando ao Governo para reagir publicamente às suas preocupações relativas aos riscos sociais e económicos da energia nuclear, segundo um comunicado da organização internacional de defesa do ambiente.

Esta iniciativa segue-se à apresentação pela Greenpeace, há seis semanas, do seu relatório sobre a energia nuclear, destacando o verdadeiro custo da energia nuclear comparado ao das fontes de energia renovável.

O relatório da Greenpeace sublinha a sua preocupação face à insistência da África do Sul em depender de uma tecnologia nuclear "perigosa que vai confinar o país num futuro energético caro e ultrapassado".

A Greenpeace indica que a catástrofe nuclear de Fukushima no Japão mostrou ao mundo o que pode ser o verdadeiro custo duma catástrofe nuclear.

"Fukushima obrigou os Governos do mundo inteiro a reavaliarem os seus projetos nucleares e o impacto das centrais nucleares sobre as suas populações e o seu ambiente", disse Ferrial Adam, um dos responsáveis da Greenpeace Africa.

A Greenpeace exige ainda que o Governo sul-africano lance uma moratória sobre todas as novas centrais nucleares até que as implicações de segurança de Fukushima sejam todas avaliadas.

A Greenpeace é uma organização militante internacional independente que trabalha por uma mudança de atitudes e comportamentos para a proteção e a preservação do ambiente e a promoção da paz.

-0- PANA SEG/FJG/AAS/CJB/IZ 21set2011