Agência Panafricana de Notícias

Grã-Bretanha anuncia sanções internacionais contra responsáveis ​​pela violência na Líbia

Tobruk, Líbia (PANA) - O emessário especial da Grã-Bretanha na Líbia, Jonathan Powell, conformou a adoção de sanções internacionais contra todos os responsáveis pela violência e confrontos na Líbia em atos prontamente condenados pela comunidade internacional, que exige um cessar-fogo imediato e incondicional.

"Somos contra qualquer intervenção estrangeira nos assuntos da Líbia", afirmou Powell, observando que "queremos demonstrar o nosso apoio ao Parlamento eleito durante eleições livres e transparentes. Nós representamos a comunidade internacional e nós trabalhamos com o enviado da ONU na Líbia ", acrescentou.

Powell falava esta semana numa conferência de imprensa em Tobrouk (leste), na presença do primeiro vice-presidente do Parlamento líbio, Mhamed Choueib, e do embaixador da Grã-Bretanha na Líbia, Michael Aron.

Ele assinalou que a legitimidade será incarnada durante a sua aplicação no terreno, afirmando que "mesmo na Grã-Bretanha, que tem uma longa tradição democrática, foi necessária uma participação no poder como o que aconteceu com a Irlanda do Norte. É por isso que acreditamos que a única solução é através do diálogo."

"Depois da minha visita em Tobrouk, vou prosseguir para Misrata e Benghazi e apresentaremos definitivamente um relatório ao emissário da ONU na Líbia", indicou o enviado especial britânico, acrescentando que "a situação na Líbia é ruim, mas nós estamos sempre otimistas, pois não existe grandes divisões radicais neste país."

Por lado, o primeiro vice-presidente do Parlamento indicou ter sublinhado ao seu interlocutor que o Parlamento representa todos os Líbios, afirmando estar disposto ao diálogo convencido de que a democracia e a unificação são a única via para construir a nova Líbia.

"Não vamos poupar nenhum esforço para preservar a unidade da Líbia," acrescentou.

Lamentou que a decisão por uma intervenção internacional na Líbia tomada pelo Parlamento tenha sido nterpretada, incluindo pela imprensa, como uma intervenção militar, ao passo que se tratava apenas de solicitar "um apoio político, humanitário e moral".

-0- PANA/BY/BEH/DIM/IZ 04set2014