PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Governo zimbabweano chamado a atender desideratos legítimos do seu povo
Genebra, Suíça (PANA) – As autoridades zimbabweanas devem encontrar meios de se solidarizar com a população, no que diz respeito às suas exigências legítimas, e pôr termo à repressão de manifestantes, segundo a porta-voz do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.
"Nós estamos profundamente preocupados com a crise socioeconómica prevalecente no Zimbawe e a repressão das manifestações em grande escala no país, na sequência da decisão do Governo de aumentar o preço dos combustíveis", declarou sexta-feira Shamdasani em Genebra durante uma conferência de imprensa sobre a situação neste país da África Austral.
Explicou que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos está preocupado com informações segundo as quais houve um uso excessivo da força, incluindo o uso de balas reais pelas forças de segurança zimbabweanas durante as manifestações iniciadas segunda-feira última.
As populações saíram às ruas para protestarem contra medidas de austeridade económica e o aumento dos preços dos combustíveis que afetam as suas famílias já empobrecidas e limitam o acesso a bens e serviços básicos.
Vários relatórios provenientes do Zimbabwe indicam que manifestantes queimaram pneus, amontoaram pedras para fecharem estradas e impedirem autocarros de transportarem passageiros para o trabalho.
Várias infraestruturas públicas foram igualmente incendiadas e diversos casos de saque foram registados enquanto a Polícia reagia com violência, aparentemente utilizando balas reais, refere Shamdasani.
Com base em informações credíveis, ela mencionou vários mortos, dos quais um polícia e numerosos feridos e centenas de detenções em relação a esta convulsão.
"Também existem alegações preocupantes de intimidação e de perseguição generalizadas por parte das forças de segurança que revistam as casas. A Comissão Zimbabweana dos Direitos Humanos recebeu igualmente alegações de agressões atribuídas à Polícia", declarou.
"Segundo cifras oficiais apresentadas pelo ministério da Segurança Nacional, mais de 600 pessoas foram detidas em todo o país, entre as quais vários líderes da oposição e eminentes militantes da sociedade civil. Nós estamos igualmente preocupados com o facto de que os serviços da Internet foram gravemente perturbados nos últimos dias no mesmo contexto", exclamou-se.
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos apoia o apelo lançado pela Comissão Zimbabweana dos Direitos Humanos ao Governo para que instaure um diálogo nacional, com uma larga participação de todos os setores, a fim de se encontrarem soluções para os desafios económicos com que o país está confrontado.
Exorta ao Governo a dligenciar, com o apoio da comunidade internacional, para atenuar a crise atual.
Em conformidade com os princípios básicos das Nações Unidas sobre o recurso à força e a utilização das armas de fogo pelos responsáveis da aplicação das leis, as autoridades do Estado têm o dever de garantir o direito das pessoas à liberdade de expressão, de facilitar e de proteger o direito à reunião pacífica, defendeu.
A seu ver, é essencial que todas as partes, incluindo manifestantes, se abstenham de recorrer à violência e resolvam a situação pacificamente.
"Nós apelamos ao Governo para realizar inquéritos sobre todos os casos de violência assinalados, incluindo o suposto recurso excessivo à força pelas forças de segurança, duma maneira rápida, aprofundada e transparente, com vista prestar contas", Shamdasani acrescentou :
"Todas as pessoas detidas por terem exercido o seu direito à liberdade de reunião e de expressão pacíficas devem ser rapidamente libertas", exige Shamdasani.
-0- PANA AR/MTA/BEH/FK/DD 21jan2019
"Nós estamos profundamente preocupados com a crise socioeconómica prevalecente no Zimbawe e a repressão das manifestações em grande escala no país, na sequência da decisão do Governo de aumentar o preço dos combustíveis", declarou sexta-feira Shamdasani em Genebra durante uma conferência de imprensa sobre a situação neste país da África Austral.
Explicou que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos está preocupado com informações segundo as quais houve um uso excessivo da força, incluindo o uso de balas reais pelas forças de segurança zimbabweanas durante as manifestações iniciadas segunda-feira última.
As populações saíram às ruas para protestarem contra medidas de austeridade económica e o aumento dos preços dos combustíveis que afetam as suas famílias já empobrecidas e limitam o acesso a bens e serviços básicos.
Vários relatórios provenientes do Zimbabwe indicam que manifestantes queimaram pneus, amontoaram pedras para fecharem estradas e impedirem autocarros de transportarem passageiros para o trabalho.
Várias infraestruturas públicas foram igualmente incendiadas e diversos casos de saque foram registados enquanto a Polícia reagia com violência, aparentemente utilizando balas reais, refere Shamdasani.
Com base em informações credíveis, ela mencionou vários mortos, dos quais um polícia e numerosos feridos e centenas de detenções em relação a esta convulsão.
"Também existem alegações preocupantes de intimidação e de perseguição generalizadas por parte das forças de segurança que revistam as casas. A Comissão Zimbabweana dos Direitos Humanos recebeu igualmente alegações de agressões atribuídas à Polícia", declarou.
"Segundo cifras oficiais apresentadas pelo ministério da Segurança Nacional, mais de 600 pessoas foram detidas em todo o país, entre as quais vários líderes da oposição e eminentes militantes da sociedade civil. Nós estamos igualmente preocupados com o facto de que os serviços da Internet foram gravemente perturbados nos últimos dias no mesmo contexto", exclamou-se.
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos apoia o apelo lançado pela Comissão Zimbabweana dos Direitos Humanos ao Governo para que instaure um diálogo nacional, com uma larga participação de todos os setores, a fim de se encontrarem soluções para os desafios económicos com que o país está confrontado.
Exorta ao Governo a dligenciar, com o apoio da comunidade internacional, para atenuar a crise atual.
Em conformidade com os princípios básicos das Nações Unidas sobre o recurso à força e a utilização das armas de fogo pelos responsáveis da aplicação das leis, as autoridades do Estado têm o dever de garantir o direito das pessoas à liberdade de expressão, de facilitar e de proteger o direito à reunião pacífica, defendeu.
A seu ver, é essencial que todas as partes, incluindo manifestantes, se abstenham de recorrer à violência e resolvam a situação pacificamente.
"Nós apelamos ao Governo para realizar inquéritos sobre todos os casos de violência assinalados, incluindo o suposto recurso excessivo à força pelas forças de segurança, duma maneira rápida, aprofundada e transparente, com vista prestar contas", Shamdasani acrescentou :
"Todas as pessoas detidas por terem exercido o seu direito à liberdade de reunião e de expressão pacíficas devem ser rapidamente libertas", exige Shamdasani.
-0- PANA AR/MTA/BEH/FK/DD 21jan2019