PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Governo prevê crescimento económico de 3% em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde espera este ano um crescimento da economia à volta dos três porcento, tendo em conta as melhorias que vem registando nos últimos meses, revelou quarta-feira a ministra cabo-verdiana das Finanças, Cristina Duarte.
A governante falava em conferência de imprensa conjunta com uma equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI), que acaba de concluir uma missão de avaliação da economia cabo-verdiana.
Ela apontou a infraestruturação do país, as reformas económicas a nível fiscal, a melhoria do ambiente de negócio, da gestão portuária, aeroportuária e energética, como fatores que irão ditar o crescimento previsto pelo Governo.
Segundo ela, estas medidas vão juntar-se a outras de afrouxamento monetário anunciadas pelo Banco de Cabo Verde (BCV, central), visando garantir uma melhor política de crédito à economia no país.
Cristina Duarte disse ainda que as perspetivas para 2015 “são boas”, porque Cabo Verde continua a ter os fatores positivos de 2014, nomeadamente a “forte exportação” do pescado e a retoma do investimento direto estrangeiro.
De acordo com as medidas adotadas pelo BCV, o Governo acredita que vai haver uma retoma do crédito à economia, particularmente ao setor privado, afiançou a ministra.
Cristina Duarte, reconheceu também que 2014 foi um ano "difícil" para o país, por causa de "aspetos negativos" para as despesas orçamentais, como a não retoma na Europa, o vírus Ébola, a seca e a erupção vulcânica na ilha do Fogo, mas lembrou que a política económica foi ajustada e o ano terminou com "balanço positivo".
Neste sentido, ela enalteceu o "grande controlo" na gestão e despesas orçamentais, recordando que, em 2014, o Governo tinha projetado um défice de oito porcento, mas, devido às "pressões adicionais" sobre as despesas orçamentais, para este ano rondará os oito a nove porcento.
Relativamente aos níveis da dívida e do défice, apontados como dois dos maiores constrangimentos da economia cabo-verdiana, Cristina Duarte indicou que o Governo vai diminuir e reprogramar os investimentos públicos.
No entanto, ela advertiu que isso não será feito "de forma brusca", uma vez que os investimentos públicos irão continuar a alimentar o crescimento económico e manter o país na classificação de risco moderado.
"É possível, sim, manter os investimentos públicos e, de forma continuada, reduzir o défice. É o que fazemos nos últimos dois, três anos e continuamos a fazê-lo", continuou a ministra, para quem o Governo pretende aumentar a arrecadação tributária em 2015 para diminuir o défice e manter níveis de investimentos públicos.
"Tendo em conta a infraestruturação feita até à data, às reformas económicas, nomeadamente na frente fiscal e de negócios, na gestão portuária e do aeronegócio e energética, e às medidas do BCV, as expetativas para a economia cabo-verdiana são melhores para 2015 e espera-se que o setor privado reaja e haja um aumento do crédito à economia", precisou.
-0- PANA CS/IZ 04março2015
A governante falava em conferência de imprensa conjunta com uma equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI), que acaba de concluir uma missão de avaliação da economia cabo-verdiana.
Ela apontou a infraestruturação do país, as reformas económicas a nível fiscal, a melhoria do ambiente de negócio, da gestão portuária, aeroportuária e energética, como fatores que irão ditar o crescimento previsto pelo Governo.
Segundo ela, estas medidas vão juntar-se a outras de afrouxamento monetário anunciadas pelo Banco de Cabo Verde (BCV, central), visando garantir uma melhor política de crédito à economia no país.
Cristina Duarte disse ainda que as perspetivas para 2015 “são boas”, porque Cabo Verde continua a ter os fatores positivos de 2014, nomeadamente a “forte exportação” do pescado e a retoma do investimento direto estrangeiro.
De acordo com as medidas adotadas pelo BCV, o Governo acredita que vai haver uma retoma do crédito à economia, particularmente ao setor privado, afiançou a ministra.
Cristina Duarte, reconheceu também que 2014 foi um ano "difícil" para o país, por causa de "aspetos negativos" para as despesas orçamentais, como a não retoma na Europa, o vírus Ébola, a seca e a erupção vulcânica na ilha do Fogo, mas lembrou que a política económica foi ajustada e o ano terminou com "balanço positivo".
Neste sentido, ela enalteceu o "grande controlo" na gestão e despesas orçamentais, recordando que, em 2014, o Governo tinha projetado um défice de oito porcento, mas, devido às "pressões adicionais" sobre as despesas orçamentais, para este ano rondará os oito a nove porcento.
Relativamente aos níveis da dívida e do défice, apontados como dois dos maiores constrangimentos da economia cabo-verdiana, Cristina Duarte indicou que o Governo vai diminuir e reprogramar os investimentos públicos.
No entanto, ela advertiu que isso não será feito "de forma brusca", uma vez que os investimentos públicos irão continuar a alimentar o crescimento económico e manter o país na classificação de risco moderado.
"É possível, sim, manter os investimentos públicos e, de forma continuada, reduzir o défice. É o que fazemos nos últimos dois, três anos e continuamos a fazê-lo", continuou a ministra, para quem o Governo pretende aumentar a arrecadação tributária em 2015 para diminuir o défice e manter níveis de investimentos públicos.
"Tendo em conta a infraestruturação feita até à data, às reformas económicas, nomeadamente na frente fiscal e de negócios, na gestão portuária e do aeronegócio e energética, e às medidas do BCV, as expetativas para a economia cabo-verdiana são melhores para 2015 e espera-se que o setor privado reaja e haja um aumento do crédito à economia", precisou.
-0- PANA CS/IZ 04março2015