PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Governo mauritano acusado de prestar pouca atenção à resolução do passivo humanitário
Paris, França (PANA) – O Presidente da Associação das Viúvas e Órfãos dos Militares Mauritanos (AVOMM), Ousmane Sarr, acusou quinta-feria em Paris o Governo mauritano de não fazer tudo para resolver as questões da escravidão e do regresso dos compatriotas refugiados do Mali e do Senegal.
"Estas questões que constituem o passivo humanitário não são realmente tidas em conta pelo poder mauritano. Nada foi feito nesta matéria enquanto o país celebra em grande pompa o cinquentenário da sua independência", lamentou Sarr durante uma conferência de imprensa organizada em memória dos 28 militares abatidos em 1990 em Inal, no norte da Mauritânia.
Ele disse que o curativo de todas as feridas do passado sócio-político do país condiciona a reconciliação nacional.
"Não se pode esquecer os eventos de 1989 que forçaram centenas de Mauritanos ao exilio, nem ocultar a execução extrajudiciária de 28 militares negro-mauritanos em 1990 e pretender abrir uma nova página da coesão social na Mauritânia", acrescentou o presidente da AVOMM.
Várias dezenas de milhares de Mauritanos foram constrangidos a refugiar-se no Senegal e no Mali após as insurreições inter-comunitárias de Abril de 1989.
Alguns deles já regressaram ao seu país de origem no âmbito do programa de regresso voluntário implementado em 2007 e 2008 sob a égide do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Numerosas organizações de defesa dos direitos humanos conitnuam a reclamar pela resolução do passivo humanitário e pela assinatura do decreto de aplicação da abolição da escravidão na Mauritânia.
-0- PANA SEI/AAS/IBA/CJB/DD 09Dez2010
"Estas questões que constituem o passivo humanitário não são realmente tidas em conta pelo poder mauritano. Nada foi feito nesta matéria enquanto o país celebra em grande pompa o cinquentenário da sua independência", lamentou Sarr durante uma conferência de imprensa organizada em memória dos 28 militares abatidos em 1990 em Inal, no norte da Mauritânia.
Ele disse que o curativo de todas as feridas do passado sócio-político do país condiciona a reconciliação nacional.
"Não se pode esquecer os eventos de 1989 que forçaram centenas de Mauritanos ao exilio, nem ocultar a execução extrajudiciária de 28 militares negro-mauritanos em 1990 e pretender abrir uma nova página da coesão social na Mauritânia", acrescentou o presidente da AVOMM.
Várias dezenas de milhares de Mauritanos foram constrangidos a refugiar-se no Senegal e no Mali após as insurreições inter-comunitárias de Abril de 1989.
Alguns deles já regressaram ao seu país de origem no âmbito do programa de regresso voluntário implementado em 2007 e 2008 sob a égide do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Numerosas organizações de defesa dos direitos humanos conitnuam a reclamar pela resolução do passivo humanitário e pela assinatura do decreto de aplicação da abolição da escravidão na Mauritânia.
-0- PANA SEI/AAS/IBA/CJB/DD 09Dez2010