Governo maliano diz-se dececionado pelas sanções da CEDEAO
Bamako, Mali (PANA) - O Governo maliano exprimiu, segunda-feira, a sua deceção depois da Cimeira Extraordinária da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), realizada domingo em Accra, no Gana, sobre a situação no Mali e na Guiné-Conakry, que decidiu aplicar sanções específicas contra as autoridades da Transição no Mali.
Num comunicado de imprensa, lido segunda-feira à noite na Televisão Nacional, o Ministério maliano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional lamenta as decisões desta Cimeira "que não têm em conta as aspirações profundas do povo do Mali, nem os esforços envidados diariamente pelas autoridades da Transição face aos desafios multiformes que o país enfrenta com vista a uma estabilidade duradoura."
Apesar dessas decisões, o Mali "reitera a sua vontade de continuar o diálogo com a CEDEAO com vista a permitir a organização de eleições livres e credíveis o mais rapidamente possível", disse o comunicado.
Durante esta cimeira extraordinária, a CEDEAO organização decidiu impor sanções, incluindo a proibição de viagens e o congelamento de ativos financeiros das autoridades de transição e de outras instituições transitórias no Mali, bem como dos seus membros de família.
O presidente da Comissão da CEDEAO foi incumbido de "examinar e propor sanções adicionais" na sua próxima sessão ordinária agendada para 12 de dezembro de 2021, se a situação persistir", anunciou o comunicado final da Cimeira.
Neßa ocasião, a CEDEAO pediu a União Africana (UA), às Nações Unidas e aos parceiros bilaterais e multilaterais "para aprovarem e apoiarem a implementação destas sanções."
-0- PANA GT/JSG/MAR/DD 09novembro2021