Agência Panafricana de Notícias

Governo líbio do leste acusa o de Tripoli de causar clima de tensão

Benghazi, Líbia (PANA) - O primeiro-ministro do Governo líbio instalado no leste da Líbia, Oussama Hamad, acusou o Governo cessante de Tripoli, chefiado por  Abdulhamid Aldabaiba, de tentar mergulhar a cidade capital do país num clima de tensão, soube a PANA de fonte oficial.

Hamad acrescentou que Aldabaiba ameaça a segurança dos civis e provoca um caos generalizado, segundo um comunicado publicado por ele próprio terça-feira última.

Exortou às partes em conflito na cidade de Tripoli a moderação e à desescalada.

Aconselhou-lhes igualmente a "evitar qualquer retórica de escalada e recorrer ao diálogo político" para resolver os diferendos.

As negociações frágeis no seio da Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (MANUL) agravaram a situação, pondo diretamente em perigo a vida dos líbios, lê-se no comunicado.

Hamad reafirmou no entanto o seu compromisso infalível em trabalhar para a segurança dos habitantes de Tripoli e proteger a vida e os bens dos civis.

Apelou a todos os habitantes das cidades do oeste para “não abandonarem as suas crianças numa guerra que só serve os interesses pessoais dos agarrados ao poder.”

Frisou que o Governo líbio do leste reitera a sua posição segundo a qual a segurança de Tripoli e da sua população é uma prioridade absoluta.

Comprometeu-se a continuar a colaborar com as partes envolvidas a fim de manter a estabilidade e a paz civil.

De facto, a cidade capital do país, Tripoli, registou, nas últimas horas, um clima de tensão intensa para a sua segurança, segundo a imprensa local.

Também são relatados intensos movimentos militares em diversos bairros da cidade, bem como caravanas militares a chegarem das regiões do leste e do oeste do país, nos últimos dias. 

Segunda-feira última à noite, num comunicado, a MANUL apelou instantemente a todas as partes em conflito em Tripoli para se abster de qualquer forma de violência e evitar imediatamente qualquer ação suscetível de por em perigo os civis.

Também reiterou a sua “profunda preocupação com informações sobre uma escalada de tensões e uma mobilização militar contínua, suscetíveis de dembocar em confrontos armados.”

Sublinhou que a vida dos civis e as infraestruturas devem ser protegidas em quaisquer circunstâncias que sejam.

-0- PANA BY/IS/SOC/DD 02set2025