Governo italiano acusado de aplicar pior das políticas migratórias
Palermo, Itália (PANA) - O atual Governo italiano tem vindo, desde algum tenpo para cá, mostrar a pior das políticas, ignorando totalmente a vida de indivíduos que fogem do "inferno líbio".
Numa declaração divulgada sexta-feira última, a ONG refere-se ao barco da ONG alemã Sea-Watch, à deriva atualmente no Mediterrâneo com 52 emigrantes a bordo, depois de a Itália se ter recusado a autorizá-lo a atracar num dos seus portos.
"Isto de trazer migrantes de volta à Líbia é desumano e ilegal", indignoy-se a Mediterranea Saving Humans".
Indicou que as Nações Unidas afirmaram isto, antes de recordar os "cinco acórdãos proferidos pelos tribunais italianos", para o efeito.
Do seu lado, a Comissão Europeia declarou não ter competência para impor ou determinar onde devem ser desembarcados migrantes resgatados por ONG no Mediterrâneo.
Mas a porta-voz da Comissão Europeia, Natasha Bertaud, insistiu, a este respeito, na necessidade de todos os navios com bandeira europeia respeitarem o direito internacional e as leis relativas à busca e salvamento de migrantes e de os desembarcar num porto seguro.
Natasha Bertaud respondia às declarações do ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, que pediu ao barco Sea-Watch para desembarcar os migrantes na Líbia, argumentando que a operação de salvamento tinha sido realizada em águas líbias.
Sublinhou a necessidade de se desembarcarem os migrantes num porto seguro, acrescentando que "acreditamos que esta condição não é cumprida na Líbia".
-0- PANA YY/IN/JSG/SOC/CJB/DD 15junho2019