Governo garante segurança dos alunos no retorno às aulas em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Ministério da Educação de Cabo Verde anunciou, quinta-feira, estar a trabalhar para apresentar o “melhor cenário” que garanta a segurança dos alunos no retorno às aulas presenciais, previsto para o próximo dia 01 de outubro.
A diretora nacional da Educação, Eleonora Sousa, sossegou os pais e encarregados de educação, que estão um pouco apreensivos e demonstram alguma incerteza com a decisão do Ministério da Educação em avançar com aulas presenciais, neste contexto de covid-19.
Para Eleonora Sousa, este sentimento dos pais “é normal” mas, assegurou, o Ministério da Educação está a tentar criar todas as condições à luz das orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde para garantir o regresso às aulas com a “máxima segurança e tranquilidade”.
Em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), a directora nacional da Educação disse que está sendo feito todo um trabalho de redução do número de alunos nas salas e que estão a ser criadas as condições para a higienização das mãos, de distanciamento físico e de utilização das máscaras, a nível das escolas.
Neste sentido, ela aproveitou para apelar para um maior envolvimento dos pais e encarregados de educação neste processo que "é da responsabilidade de todos".
“A mensagem que tem sido transmitida é de que o sucesso do combate a esta pandemia só será eficaz se todos nós colaboramos e é esse o apelo que nós fazemos aos pais e encarregados de educação, no sentido de cumprirem com a sua parte, também, para que juntos possamos minimizar os efeitos desta pandemia”, apelou.
Para esta responsável do Ministério da Educação, este regresso às aulas é também uma forma de colaborar para a saúde das crianças, adolescentes e jovens, é cuidar da saúde física e mental dos educandos e de toda a comunidade educativa.
“Eles estão a sentir falta deste contacto com as escolas, com os colegas, com os professores, com os conteúdos e com esse trabalho de cidadania que nós fazemos a nível das escolas”, afirmou.
Eleonora Sousa informou que o Ministério da Saúde também está a trabalhar com cenários de aparecimento de casos nas escolas e havendo orientações para se pôr em marcha o plano de emergência, em todos os estabelecimentos de ensino.
“As escolas têm os seus planos de emergência e sabem como é que devem reagir, ao primeiro sinal, acionar a delegacia de Saúde dos respetivos concelhos”, precisou.
Entretanto, Eleonora Sousa aconselha os pais e encarregados de educação para, no caso de um aluno ou aluna tiver febre, tosse ou qualquer sintoma ligado à covid-19, não ir à escola, mas contactar de imediato a delegacia de saúde e a escola para informar a ocorrência.
Já a escola por sua vez, prosseguiu, deve articular com a delegacia de saúde para o despiste dos grupos de contactos.
“Tudo isto está devidamente orientado e acautelado e é, portanto, esta recomendação que deixamos aos encarregados de educação: estar a articular sempre com a escola, com o professor caso o aluno tenha febre, tosse ou outros sintomas que poderão ser associados à covid-19”, reforçou.
O Ministério da Educação implementou um programa educativo denominado "Aprender e estudar em casa", em alternativa ao encerramento das escolas, em 20 de março, para impedir a transmissão da doença no arquipélago.
O programa consistiu em aulas na televisão, na rádio e noutras plataformas e decorreu até finais de junho.
O Ministério explicou que desenvolveu o programa para que os estudantes pudessem manter o vínculo com o meio educativo e o contacto com os docentes e os conteúdos de ensino-aprendizagem, enquanto estão em casa por causa das restrições impostas para evitar a propagação do novo coronavírus.
-0- PANA CS/IZ 18set2020