PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Governo egípcio propõe dissolução da Irmandade Muçulmana
Cairo, Egito (PANA) – O primeiro-ministro do Governo de transição do Egito, Hazem el-Beblaoui, propôs sábado a dissolução da Irmandade Muçulmana, confraria do deposto Presidente Mohammed Morsi, na sequência do seu alegado envolvimento numa “conspiração terrorista”.
De acordo com o porta-voz do Governo, Cherif Chaouki, o primeiro-ministro Hazem el-Beblaoui está a estudar “um quadro legal” que permita dissolver a Irmandade Muçulmana, tida como responsável pela escalada de violência no país que fez, em apenas dois dias, perto de 800 mortos.
Por seu turno, o Ministério do Interior anunciou ter detido sexta-feira mais de mil presumíveis islamitas próximos da Irmandade Muçulmana que teriam participado nos confrontos violentos que, desde quarta-feira, opõem manifestantes pró-Morsi e forças da ordem.
Estes anúncios coincidiram com o surto de novos confrontos diretos na capital, Cairo, entre apoiantes de Morsi e membros das forças de segurança depois do assalto destes últimos contra uma mesquita em que aqueles estavam concentrados com barricadas.
As forças de segurança cercaram sábado a mesquita de Al Fateh, onde estavam instalados alguns dos manifestantes desde o fim da manifestação de sexta-feira, no Largo Ramses, convocada sob a designação de "Marcha da Raiva".
Os manifestantes recusaram-se a seguir as ordens dadas pelos agentes de segurança para abandonarem o local, justificando não terem confiança nestes últimos.
O Egito parece caminhar para uma grave crise política que faz recear novos banhos de sangue diante da persistência do braço de ferro entre o Governo interino e os apoiantes de Morsi que exigem a reposição deste último no poder.
A Irmandade Muçulmana apelou aos seus apoiantes para saírem à rua todos os dias como forma de homenagear as vítimas de confrontos, sobretudo de quarta-feira, e exigir a recondução de Mohammed Morsi nas suas funções de Presidente da República.
Estes apelos foram feitos a despeito do estado de emergência decretado pelo Governo interino apoiado pelos militares, que derrubaram Mohammed Morsi, a 03 de junho passado, e que já advertiu que iria tomar "medidas firmes" contra os manifestantes.
Depois da tragédia de quarta-feira com um balanço de mais de 600 mortos e acima de quatro mil feridos, maioritariamente civis, perto de 200 novas mortes terão ocorrido durante a marcha de sexta-feira, segundo dados oficiais.
Mas a Irmandade Muçulmana indicou que o balanço dos atos de violência que marcaram a Marcha da Raiva terá sido de longe maior, sobretudo entre os seus apoiantes que aderiram em massa aos protestos de rua na capital e em várias outras cidades do país.
Para o desastre de quarta-feira, a Irmandade Muçulmana fixou o seu balanço em duas mil e 200 vítimas mortais.
-0- PANA IZ 17ago2013
De acordo com o porta-voz do Governo, Cherif Chaouki, o primeiro-ministro Hazem el-Beblaoui está a estudar “um quadro legal” que permita dissolver a Irmandade Muçulmana, tida como responsável pela escalada de violência no país que fez, em apenas dois dias, perto de 800 mortos.
Por seu turno, o Ministério do Interior anunciou ter detido sexta-feira mais de mil presumíveis islamitas próximos da Irmandade Muçulmana que teriam participado nos confrontos violentos que, desde quarta-feira, opõem manifestantes pró-Morsi e forças da ordem.
Estes anúncios coincidiram com o surto de novos confrontos diretos na capital, Cairo, entre apoiantes de Morsi e membros das forças de segurança depois do assalto destes últimos contra uma mesquita em que aqueles estavam concentrados com barricadas.
As forças de segurança cercaram sábado a mesquita de Al Fateh, onde estavam instalados alguns dos manifestantes desde o fim da manifestação de sexta-feira, no Largo Ramses, convocada sob a designação de "Marcha da Raiva".
Os manifestantes recusaram-se a seguir as ordens dadas pelos agentes de segurança para abandonarem o local, justificando não terem confiança nestes últimos.
O Egito parece caminhar para uma grave crise política que faz recear novos banhos de sangue diante da persistência do braço de ferro entre o Governo interino e os apoiantes de Morsi que exigem a reposição deste último no poder.
A Irmandade Muçulmana apelou aos seus apoiantes para saírem à rua todos os dias como forma de homenagear as vítimas de confrontos, sobretudo de quarta-feira, e exigir a recondução de Mohammed Morsi nas suas funções de Presidente da República.
Estes apelos foram feitos a despeito do estado de emergência decretado pelo Governo interino apoiado pelos militares, que derrubaram Mohammed Morsi, a 03 de junho passado, e que já advertiu que iria tomar "medidas firmes" contra os manifestantes.
Depois da tragédia de quarta-feira com um balanço de mais de 600 mortos e acima de quatro mil feridos, maioritariamente civis, perto de 200 novas mortes terão ocorrido durante a marcha de sexta-feira, segundo dados oficiais.
Mas a Irmandade Muçulmana indicou que o balanço dos atos de violência que marcaram a Marcha da Raiva terá sido de longe maior, sobretudo entre os seus apoiantes que aderiram em massa aos protestos de rua na capital e em várias outras cidades do país.
Para o desastre de quarta-feira, a Irmandade Muçulmana fixou o seu balanço em duas mil e 200 vítimas mortais.
-0- PANA IZ 17ago2013