PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Governo desmente privatização dos portos em Cabo Verde no período eleitoral
Praia, Cabo Verde (PANA) - O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, desmetiu, segunda-feira, na cidade da Praia, que o seu Governo ia assinar o contrato para a concessão dos portos do arquipélago com o grupo francês Bolloré antes das eleições legislativas de 20 de março próximo.
O desmentido do chefe do Executivo surgiu no mesmo dia em que o vice-presidente do principal partido da oposição cabo-verdiana (MpD), Olavo Correia, se posicionou contra a alegada intenção do Governo de avançar com a concessão dos portos do país em pleno período eleitoral, defendendo que o contrato seja assinado depois das eleições.
José Maria Neves garantiu também que o Governo cesssante não vai assinar nenhum contrato de concessão de empresas públicas ou tomar nenhuma medida estratégica no período eleitoral.
"Fizemos isso em 2005, em 2010 e agora também tomámos a decisão de, desde o dia 20 de fevereiro, não privatizar nenhuma empresa nem tomar nenhuma decisão estratégica que pudesse comprometer o próximo Governo que sairá das eleições de 20 de março", precisou.
O primeiro-ministro cabo-verdiano explicou que, relativamente aos portos, o concurso para a subconcessão das operações portuárias no país foi lançado em julho de 2015, tendo a multinacional francesa Bolloré sido a selecionada, entre as 11 empresas concorrentes, para iniciar as negociações.
"Infelizmente, as negociações ficaram concluídas após 20 de fevereiro (um mês antes das eleições)”, disse José Maria Neves, sublinhando por isso que se vai aguardar para que o contrato de concessão venha a ser assinado pelo próximo Governo que for eleito.
"O contrato já está concluído. Os termos defendem intransigentemente os interesses nacionais, atraem para o país um grande operador nesta área e Cabo Verde não deve perder esta grande oportunidade de poder desenvolver o serviço portuário com um grande operador que tem grandes negócios em África, na Ásia, na América Latina e que pode dar um enorme contributo para que o país possa afirmar-se e desenvolver-se", salientou.
José Maria Neves indicou que, ao longo das negociações, a Bolloré apresentou propostas de "fortes investimentos" nos portos da Praia e Mindelo, os dois mais iportantes do arquipélago, pelo que apelou aos partidos para não politizarem a questão, porque "Cabo Verde é um mercado muito pequeno, é difícil atrair grandes operadores portuários e está a concorrer com grandes portos na região da África Ocidental".
"Não há razões nenhumas para se levantar suspeições e criar problemas relativamente a um Governo legítimo, que está a funcionar", salientou.
-0- PANA CS/IZ 08mar2016
O desmentido do chefe do Executivo surgiu no mesmo dia em que o vice-presidente do principal partido da oposição cabo-verdiana (MpD), Olavo Correia, se posicionou contra a alegada intenção do Governo de avançar com a concessão dos portos do país em pleno período eleitoral, defendendo que o contrato seja assinado depois das eleições.
José Maria Neves garantiu também que o Governo cesssante não vai assinar nenhum contrato de concessão de empresas públicas ou tomar nenhuma medida estratégica no período eleitoral.
"Fizemos isso em 2005, em 2010 e agora também tomámos a decisão de, desde o dia 20 de fevereiro, não privatizar nenhuma empresa nem tomar nenhuma decisão estratégica que pudesse comprometer o próximo Governo que sairá das eleições de 20 de março", precisou.
O primeiro-ministro cabo-verdiano explicou que, relativamente aos portos, o concurso para a subconcessão das operações portuárias no país foi lançado em julho de 2015, tendo a multinacional francesa Bolloré sido a selecionada, entre as 11 empresas concorrentes, para iniciar as negociações.
"Infelizmente, as negociações ficaram concluídas após 20 de fevereiro (um mês antes das eleições)”, disse José Maria Neves, sublinhando por isso que se vai aguardar para que o contrato de concessão venha a ser assinado pelo próximo Governo que for eleito.
"O contrato já está concluído. Os termos defendem intransigentemente os interesses nacionais, atraem para o país um grande operador nesta área e Cabo Verde não deve perder esta grande oportunidade de poder desenvolver o serviço portuário com um grande operador que tem grandes negócios em África, na Ásia, na América Latina e que pode dar um enorme contributo para que o país possa afirmar-se e desenvolver-se", salientou.
José Maria Neves indicou que, ao longo das negociações, a Bolloré apresentou propostas de "fortes investimentos" nos portos da Praia e Mindelo, os dois mais iportantes do arquipélago, pelo que apelou aos partidos para não politizarem a questão, porque "Cabo Verde é um mercado muito pequeno, é difícil atrair grandes operadores portuários e está a concorrer com grandes portos na região da África Ocidental".
"Não há razões nenhumas para se levantar suspeições e criar problemas relativamente a um Governo legítimo, que está a funcionar", salientou.
-0- PANA CS/IZ 08mar2016