Governo demente violação dos direitos fundamentais de tráfego da Internet nas ilhas Maurícias
Port Louis,Ilhas Maurícias (PANA) - O Governo maurício não violou os direitos fundamentais dos cidadãos maurícios, defendeu terça-feira o primeiro-ministro maurício, Pravid Jugnauth.
O Governo não agiu contra a segurança nacional nem a soberania nacional, desmentiu Jugnauth, reagindo a alegações do ex-Presidente do Conselho de Administração da Mauritus (Maurícias) Telecom, Sherry Singh, antes de se demitir do cargo, a 30 de junho último.
Singh alegou que o Governo tinha autorizado a utilização de equipamentos para intercetar, vigiar ou registar o tráfego da Internet com destino e em proveniência das ilhas Maurícias e/ou dos países da região.
Em resposta a uma pergunta de aviso privado do líder da oposição, Xavier-Luc Duval, no Parlamento, o primeiro-ministro disse que "nem ele muito menos qualquer funcionário do seu gabinete, não agindo em nome do Governo, tiveram qualquer discussão ou acordo com qualquer parte estrangeira e/ou operador de telecomunicação no quadro da instalação ou utilização de equipamentos que permitem detetar, intercetar, vigiar ou registar o tráfego da Internet com destino e proveniência das ilhas Maurícias e/ou dos países da região.
Salientou que as ilhas Maurícias buscam conteúdos na Internet através do seu sistema de rede de cabos submarinos.
Segundo ele, estes cabos incluem LION/LION2, que ligam as Maurícias da estação de aterragem do cabo de Terra Vermelha a Mombassa (Moçambique) e ao resto do mundo.
Os mesmo também incluem SAFE/SAT3, que ligam as Maurícias a Penang, no leste, e Melkbostran, na África do Sul, para se terminar em Portugal.
Destes cabos ainda fazem parte METISS, que liga as Maurícias da estação de aterragem do Arsenal à África do Sul, segundo a mesma fonte.
-0- PANA NA/JSG/DIM/DD 06julho2022