PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Governo de Cabo Verde com mais dois novos ministros e seis secretários de Estado
Praia, Cabo Verde (PANA) – O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, anunciou, quarta-feira, na cidade da Praia, a remodelação do seu Governo, marcada pela entrada de mais dois novos ministros e seis secretários de Estado.
Em declaração à imprensa à saída do encontro com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, o primeiro-ministro disse que a remodelação vai no sentido de fazer com que "o Governo continue eficaz e tenha maior eficiência e maior nível de coordenação”.
Trata-se da primeira mudança no elenco governamental, apoiado pelo Movimento para a Democracia (MpD), partido no poder, e que tomou posse a 20 de abril, composto por 11 ministros, além do primeiro-ministro, e não tinha secretários de Estado.
“Esta remodelação já vem sendo preparada há algum tempo e o Governo continua pequeno e nós acrescentamos apenas dois ministros e temos mais secretários de Estado e esses serão todos secretários adjuntos e não como secretários da Secretaria do Estado”, acrescentou Ulissses Correia e Silva.
Sublinhou que o que se pretende é “reforçar a coordenação económica, o reforço da coordenação política e a melhoria da eficácia e eficiência governativa”.
Ulisses Correia e Silva disse não ter apostado na substituição de nenhum dos ministros que já fazem parte do elenco governamental, precisando estar satisfeito com o desempenho destes e que por isso vão continuar nas suas funções.
Segundo o chefe do Governo, o atual ministro das Finanças, Olavo Correia, passa a desempenhar também as funções de vice-primeiro-ministro e assumirá as funções de coordenação das reformas económicas.
Pautará pelo bom funcionamento do ecossistema de apoio à competitividade e pelo bom ambiente de negócios, indicou.
Olavo Correia vai ser coadjuvado por três secretários de Estado, designadamente a secretária do Estado para a Modernização Administrativa, Edna Oliveira, atual vereadora dos Assuntos Jurídicos e Recursos Humanos da Câmara Municipal da Praia, pelo secretário de Estado para Inovação e Formação Profissional, Pedro Lopes, responsável pelo projeto TEDX, e pelo secretário de Estado das Finanças, Gilberto Barros, quadro sénior do Banco Mundial (BM).
O atual ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire, é agora ministro de Estado com funções de coordenação da agenda política e de comunicação do Governo e continuará também a exercer a função de ministro do Desporto.
Este governante vai ter como secretário de Estado Carlos do Canto Monteiro, atual diretor do gabinete do primeiro-ministro, que o vai coadjuvar na área da coordenação política do Governo, de acordo com o chefe do Governo.
O ministério da Economia Marítima vai ficar sediado na ilha de São Vicente onde já funciona tudo que é administração relacionada com a economia do mar, designadamente a Direção Geral da Economia Marítima, o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca.
Além disto, o mesmo ministério tem um “forte empenho” no desenvolvimento do projeto do Governo da criação da Zona Económica Exclusiva (ZEE) para a economia marítima.
Neste sentido, o Ministério da Economia e Emprego será desmembrado, dando lugar à criação do Ministério do Turismo e Transporte e do Ministério da Economia Marítima.
José Gonçalves assumirá as funções de ministro do Turismo e Transporte e ministro da Economia Marítima e terá um secretário de Estado que o apoiará no domínio da economia marítima, o deputado nacional Paulo Veiga.
Foi criado o Ministério da Indústria, Comércio e Energia, cujo titular vai ser Alexandre Monteiro, ex-ministro do Comércio, Indústria e Energia (1998-2001) e atual presidente do conselho de administração da empresa pública de eletricidade (Electra).
O ministério da Educação sob a tutela de Maritza Rosabal vai ter um secretário de Estado, Amadeu Cruz, ex-presidente da Câmara do Porto Novo e atual presidente do Instituto Superior de Ciências Económicas e Empresariais em São Vicente.
Outra novidade trazida pela remodelação é a criação da figura do ministro adjunto do Primeiro-Ministro para a Integração Regional, sob a responsabilidade de Júlio César Herbert Duarte Lopes, atual conselheiro público e diplomático do primeiro-ministro.
“A criação deste cargo tem a ver com a necessidade, sobre a qual temos vindo, há vários meses, a refletir, de termos uma presença mais forte da diplomacia política e económica e da defesa das condições para termos um estatuto especial na CEDEAO”, indicou Ulisses Correia e Silva, sublinhando que, por isso, a área que tem a ver com a integração regional passará para a chefia do Governo.
Para o secretário-geral do MpD (Movimento para a Democracia), partido no poder, Miguel Monteiro, os novos membros do Governo vão reforçar o Executivo e contribuir para materialização do seu programa.
“Temos grandes desafios em Cabo Verde. O Governo está a levar a cabo uma série de reformas no país que necessita de uma equipa calibrada”, explicou Miguel Monteiro, reagindo à remodelação do Governo, apresentada hoje pelo primeiro-ministro.
Já o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), principal força da oposição, a remodelação governamental vem dar razão às críticas da oposição e da sociedade civil, mas também revela a “falta de coragem” de agir em tempo útil por parte do primeiro-ministro.
A líder da oposição afirmou que, durante o tempo em que está no poder, o Governo vinha dando sinais de “stress e cansaço”.
"Não teve eficácia nem eficiência de apresentar aos Cabo-verdianos a solução prometida, mas também não tem sabido demonstrar que está à altura dos desafios que um país como Cabo Verde tem", disse.
Por sua vez, António Monteiro, presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), oposição com três assentos no Parlamento, manifestou-se “surpreso” com o aumento do Governo de 12 para 20 membros considerando que a remodelação é “demasiado profunda e extensa” e que contradiz os argumentos defendidos pelo MpD nas campanhas eleitorais.
“Hoje, surpreendemos com um Governo em que entra, de uma só sentada, mais oito elementos, partindo de 12 para 20, o que deita por terra todos os argumentos que o Movimento para a Democracia defendeu de ter um Governo reduzido, magro e eficiente", reagiu Monteiro, evocando o primeiro-ministro empossado a menos de um ano e meio de tomada de posse.
-0- PANA CS/DD 21dez2017
Em declaração à imprensa à saída do encontro com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, o primeiro-ministro disse que a remodelação vai no sentido de fazer com que "o Governo continue eficaz e tenha maior eficiência e maior nível de coordenação”.
Trata-se da primeira mudança no elenco governamental, apoiado pelo Movimento para a Democracia (MpD), partido no poder, e que tomou posse a 20 de abril, composto por 11 ministros, além do primeiro-ministro, e não tinha secretários de Estado.
“Esta remodelação já vem sendo preparada há algum tempo e o Governo continua pequeno e nós acrescentamos apenas dois ministros e temos mais secretários de Estado e esses serão todos secretários adjuntos e não como secretários da Secretaria do Estado”, acrescentou Ulissses Correia e Silva.
Sublinhou que o que se pretende é “reforçar a coordenação económica, o reforço da coordenação política e a melhoria da eficácia e eficiência governativa”.
Ulisses Correia e Silva disse não ter apostado na substituição de nenhum dos ministros que já fazem parte do elenco governamental, precisando estar satisfeito com o desempenho destes e que por isso vão continuar nas suas funções.
Segundo o chefe do Governo, o atual ministro das Finanças, Olavo Correia, passa a desempenhar também as funções de vice-primeiro-ministro e assumirá as funções de coordenação das reformas económicas.
Pautará pelo bom funcionamento do ecossistema de apoio à competitividade e pelo bom ambiente de negócios, indicou.
Olavo Correia vai ser coadjuvado por três secretários de Estado, designadamente a secretária do Estado para a Modernização Administrativa, Edna Oliveira, atual vereadora dos Assuntos Jurídicos e Recursos Humanos da Câmara Municipal da Praia, pelo secretário de Estado para Inovação e Formação Profissional, Pedro Lopes, responsável pelo projeto TEDX, e pelo secretário de Estado das Finanças, Gilberto Barros, quadro sénior do Banco Mundial (BM).
O atual ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire, é agora ministro de Estado com funções de coordenação da agenda política e de comunicação do Governo e continuará também a exercer a função de ministro do Desporto.
Este governante vai ter como secretário de Estado Carlos do Canto Monteiro, atual diretor do gabinete do primeiro-ministro, que o vai coadjuvar na área da coordenação política do Governo, de acordo com o chefe do Governo.
O ministério da Economia Marítima vai ficar sediado na ilha de São Vicente onde já funciona tudo que é administração relacionada com a economia do mar, designadamente a Direção Geral da Economia Marítima, o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca.
Além disto, o mesmo ministério tem um “forte empenho” no desenvolvimento do projeto do Governo da criação da Zona Económica Exclusiva (ZEE) para a economia marítima.
Neste sentido, o Ministério da Economia e Emprego será desmembrado, dando lugar à criação do Ministério do Turismo e Transporte e do Ministério da Economia Marítima.
José Gonçalves assumirá as funções de ministro do Turismo e Transporte e ministro da Economia Marítima e terá um secretário de Estado que o apoiará no domínio da economia marítima, o deputado nacional Paulo Veiga.
Foi criado o Ministério da Indústria, Comércio e Energia, cujo titular vai ser Alexandre Monteiro, ex-ministro do Comércio, Indústria e Energia (1998-2001) e atual presidente do conselho de administração da empresa pública de eletricidade (Electra).
O ministério da Educação sob a tutela de Maritza Rosabal vai ter um secretário de Estado, Amadeu Cruz, ex-presidente da Câmara do Porto Novo e atual presidente do Instituto Superior de Ciências Económicas e Empresariais em São Vicente.
Outra novidade trazida pela remodelação é a criação da figura do ministro adjunto do Primeiro-Ministro para a Integração Regional, sob a responsabilidade de Júlio César Herbert Duarte Lopes, atual conselheiro público e diplomático do primeiro-ministro.
“A criação deste cargo tem a ver com a necessidade, sobre a qual temos vindo, há vários meses, a refletir, de termos uma presença mais forte da diplomacia política e económica e da defesa das condições para termos um estatuto especial na CEDEAO”, indicou Ulisses Correia e Silva, sublinhando que, por isso, a área que tem a ver com a integração regional passará para a chefia do Governo.
Para o secretário-geral do MpD (Movimento para a Democracia), partido no poder, Miguel Monteiro, os novos membros do Governo vão reforçar o Executivo e contribuir para materialização do seu programa.
“Temos grandes desafios em Cabo Verde. O Governo está a levar a cabo uma série de reformas no país que necessita de uma equipa calibrada”, explicou Miguel Monteiro, reagindo à remodelação do Governo, apresentada hoje pelo primeiro-ministro.
Já o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), principal força da oposição, a remodelação governamental vem dar razão às críticas da oposição e da sociedade civil, mas também revela a “falta de coragem” de agir em tempo útil por parte do primeiro-ministro.
A líder da oposição afirmou que, durante o tempo em que está no poder, o Governo vinha dando sinais de “stress e cansaço”.
"Não teve eficácia nem eficiência de apresentar aos Cabo-verdianos a solução prometida, mas também não tem sabido demonstrar que está à altura dos desafios que um país como Cabo Verde tem", disse.
Por sua vez, António Monteiro, presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), oposição com três assentos no Parlamento, manifestou-se “surpreso” com o aumento do Governo de 12 para 20 membros considerando que a remodelação é “demasiado profunda e extensa” e que contradiz os argumentos defendidos pelo MpD nas campanhas eleitorais.
“Hoje, surpreendemos com um Governo em que entra, de uma só sentada, mais oito elementos, partindo de 12 para 20, o que deita por terra todos os argumentos que o Movimento para a Democracia defendeu de ter um Governo reduzido, magro e eficiente", reagiu Monteiro, evocando o primeiro-ministro empossado a menos de um ano e meio de tomada de posse.
-0- PANA CS/DD 21dez2017