PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Governo da Guiné-Bissau indignado com relatório americano sobre morte de Nino Vieira
Bissau, Guiné-Bissau (PANA ) - O Governo da Guiné-Bissau manifestou a sua indignação face ao último relatório dos Estados Unidos que acusa o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas guineenses, tenente-general António Indjai, de ter comandado os soldados que assassinaram o Presidente João Bernardo "Nino" Vieira, a 2 de março de 2009, soube a PANA de fonte oficial em Bissau.
Em comunicado, o Governo afirma que “não podia deixar de manifestar a sua preocupação e tristeza” pelo facto de o relatório do Departamento de Estado norte-americano “estar a lançar aos quatro ventos factos que criam, pela sua gravidade, tensão e condições susceptíveis de degenerar instabilidade e confusão” no país.
De acordo com o documento, o Governo lembra ainda que “por reiteradas vezes, solicitou ajuda internacional e muito em especial ao Governo norte-americano no sentido de ajudar as instituições nacionais competentes a clarificar os casos de homicídios de 2009”, mas que “ até ao momento não recebeu respostas a estas solicitações”.
A nota, assinada pela ministra da presidência do Conselho de Ministros e porta-voz do Governo guineense, Maria Adiatu Nandigna, refere ainda que, “até provas em contrário”, o Executivo de Bissau “reafirma a sua total e completa solidariedade às chefias militares” do país, pelo seu papel na criação de um clima de estabilidade político-militar na Guiné-Bissau.
O Governo realça ainda o facto de haver "sinais evidentes de avanços" em várias áreas de governação do país, situação que, nota o comunicado, tem sido amplamente reconhecida pela comunidade internacional e inclusive pelo próprio Governo americano através da sua Embaixada em Dakar, Senegal.
O documento frisa que autoridades em Bissau continuam a aguardar pelos apoios prometidos pela comunidade internacional, nomeadamente pelo Governo norte-americano, no sentido de reforçar as capacidades das instituições do país na “busca da verdade material que possa permitir ao Ministério Público, enquanto único titular exclusivo da ação penal”, resolver “de forma definitiva e transparente estes casos aventados no relatório do Governo americano sobre os direitos humanos.
Outra reação a esse assunto é do presidente da Liga dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau (LGDH), Luís Vaz Martins, que exigiu provas do Governo norte-americano que possam mostrar que o atual chefe das Forças Armadas guineenses teria sido o comandante dos militares que assassinaram Nino Vieira, na sua residência em Bissau.
Para o presidente da Liga dos Direitos Humanos, as informações avançadas pelos americanos constituem “mais um elemento que se vem juntar ao complexo xadrez que envolve o mistério dos assassinatos políticos” no país.
O Relatório sobre os Direitos Humanos 2010, divulgado sexta-feira pelo Departamento de Estado americano, atribui a morte do Presidente Nino Vieira a "soldados sob o comando de António Indjai", na altura coronel e comandante da Frente Norte.
Algumas horas antes da morte de Nino Vieira, o antecessor de Indjai, general Tagmé Na Waie, morria brutalmente num atentado à bomba no Quartel-General das Forças Armadas bissau-guineense em Bissau.
Entretanto, na sequência do relatório norte-americano, o Estado-Maior-General das Forças Armadas guineenses remeteu aos “órgãos da República” uma resposta às acusações contidas no documento.
Segundo uma fonte do Estado-Maior, a instituição militar não pretende tomar nenhuma posição, uma vez que entende que são os “órgãos da República” que o devem fazer.
-0- PANA LON/IZ 12Abril2011
Em comunicado, o Governo afirma que “não podia deixar de manifestar a sua preocupação e tristeza” pelo facto de o relatório do Departamento de Estado norte-americano “estar a lançar aos quatro ventos factos que criam, pela sua gravidade, tensão e condições susceptíveis de degenerar instabilidade e confusão” no país.
De acordo com o documento, o Governo lembra ainda que “por reiteradas vezes, solicitou ajuda internacional e muito em especial ao Governo norte-americano no sentido de ajudar as instituições nacionais competentes a clarificar os casos de homicídios de 2009”, mas que “ até ao momento não recebeu respostas a estas solicitações”.
A nota, assinada pela ministra da presidência do Conselho de Ministros e porta-voz do Governo guineense, Maria Adiatu Nandigna, refere ainda que, “até provas em contrário”, o Executivo de Bissau “reafirma a sua total e completa solidariedade às chefias militares” do país, pelo seu papel na criação de um clima de estabilidade político-militar na Guiné-Bissau.
O Governo realça ainda o facto de haver "sinais evidentes de avanços" em várias áreas de governação do país, situação que, nota o comunicado, tem sido amplamente reconhecida pela comunidade internacional e inclusive pelo próprio Governo americano através da sua Embaixada em Dakar, Senegal.
O documento frisa que autoridades em Bissau continuam a aguardar pelos apoios prometidos pela comunidade internacional, nomeadamente pelo Governo norte-americano, no sentido de reforçar as capacidades das instituições do país na “busca da verdade material que possa permitir ao Ministério Público, enquanto único titular exclusivo da ação penal”, resolver “de forma definitiva e transparente estes casos aventados no relatório do Governo americano sobre os direitos humanos.
Outra reação a esse assunto é do presidente da Liga dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau (LGDH), Luís Vaz Martins, que exigiu provas do Governo norte-americano que possam mostrar que o atual chefe das Forças Armadas guineenses teria sido o comandante dos militares que assassinaram Nino Vieira, na sua residência em Bissau.
Para o presidente da Liga dos Direitos Humanos, as informações avançadas pelos americanos constituem “mais um elemento que se vem juntar ao complexo xadrez que envolve o mistério dos assassinatos políticos” no país.
O Relatório sobre os Direitos Humanos 2010, divulgado sexta-feira pelo Departamento de Estado americano, atribui a morte do Presidente Nino Vieira a "soldados sob o comando de António Indjai", na altura coronel e comandante da Frente Norte.
Algumas horas antes da morte de Nino Vieira, o antecessor de Indjai, general Tagmé Na Waie, morria brutalmente num atentado à bomba no Quartel-General das Forças Armadas bissau-guineense em Bissau.
Entretanto, na sequência do relatório norte-americano, o Estado-Maior-General das Forças Armadas guineenses remeteu aos “órgãos da República” uma resposta às acusações contidas no documento.
Segundo uma fonte do Estado-Maior, a instituição militar não pretende tomar nenhuma posição, uma vez que entende que são os “órgãos da República” que o devem fazer.
-0- PANA LON/IZ 12Abril2011