Governo confiante na retoma do turismo em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - A chegada, sexta-feira última, à ilha do Sal do primeiro voo charter da companhia aérea ‘Smartwings’, com 167 turistas provenientes da Polonia, marca o início de um processo gradual de retoma do turismo no arquipélago cabo-verdiano, num contexto ainda marcado pela pandemia da covid-19, anunciou o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva.
Na sua página no Facebook, Ulisses Correia e Silva, iniciou o seu texto com o titulo “Está a acontecer.”
Disse, sábado último, que o Governo preparou as duas ilhas turísticas, Sal e Boa Vista, para este momento de retoma do turismo.
Sublinhou que o país regista números baixos de casos positivos, tem estruturas de saúde certificadas internacionalmente, como é o caso do aeroporto do Sal com certificação sanitária e vários serviços do setor do turismo, como hotéis, restaurantes, guias, táxis, com certificação sanitária.
Este voo, prosseguiu, é o início de um processo de retoma do turismo que se vai desenvolvendo gradualmente neste contexto ainda marcado pela pandemia da covid-19.
“O desejo de todos é um ano de 2021 bem diferente e muito melhor do que 2020”, perspetivou o primeiro-ministro, que informou que Cabo Verde não recebia voos comerciais internacionais desde 19 de março último, devido à pandemia da covid-19.
Os voos só foram retomados a partir de 12 de outubro último, com visitantes e turistas obrigados a apresentação de resultado negativo do teste PCR à covid-19, antes do embarque para o arquipélago cabo-verdiano, segundo o responsável.
A procura turística por Cabo Verde deverá recuar este ano a níveis de 2005 e levar à perda de mais de 550 mil turistas, afirmou.
Uma quebra de 70 por cento devido à pandemia da covid-19, que levou ao fecho das fronteiras há sete meses, segundo o primeiro-ministro.
A previsão, que agrava a estimativa anterior, consta dos documentos de suporte à proposta de lei do Orçamento do Estado para 2021.
Em julho último, com a previsão de reabertura do arquipélago aos voos internacionais comerciais no mês seguinte, que não se concretizou, avançando apenas um corredor aéreo para voos essenciais a partir de Lisboa, o Governo estimava que a procura turística iria recuar este ano a níveis de 2009, com a perda de 536 mil turistas, sendo este um setor que garante 25 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano, disse.
-0- PANA CS/DD 27dez2020