PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Governo angolano considera "normal" perda de contacto com Satélite
Luanda, Angola (PANA) - O ministro angolano das Telecomunicações e Teconologias de Informação, José Carvalho da Rocha, considerou "normal" a perda de contacto registada quarta-feira com o satélite Angosat1 lançado em órbita, na véspera, no Cazaquistão.
Falando à imprensa na capital russa, Moscovo, o ministro desvalorizou os receios sobre um eventual prejuízo resultante da perda de comunicação entre o satélite angolano e as estações de controlo de Baykanour, no Cazaquistão, e Rovobono Sport, na Rússia.
Segundo o governante, esta dificuldade é normal em processos do género e está prevista no protocolo de ativação deste primeiro satélite angolano, que foi construído na Rússia num investimento de cerca de 320 milhões de dólares americanos.
O ministro prestou estas declarações, quarta-feira, depois de informações postas a circular na imprensa em que a Rússia anunciava a perda do contacto com o Angosat1, chegando-se a falar em "uma interrupção temporária, com perda de telemetria”.
“É normal que as pessoas estejam preocupadas e queiram ter acesso a informações concretas. Fomos informados, pela equipa que está na estação de Baykanour, (de) que o satélite está na sua base orbital.
"Precisamos, agora, das próximas 12 ou 14 horas, para que os engenheiros possam concluir com exatidão o que se está a passar, com recurso à observação microscópica. Deste modo, será possível determinar que comandos enviar para o engenho”, esclareceu.
O ministro aventou a hipótese de se tratar de um problema relacionado com os painéis solares ou do seu alinhamento com o sol, pelo que "não há razões para alarmes".
Com o lançamento do Angosat1, Angola tornou-se no sétimo país africano a ter em órbita satélite próprio de telecomunicações, depois dos casos da Argélia, da África do Sul, do Egito, de Marrocos, da Nigéria e da Tunísia.
O primeiro satélite angolano foi lançado com sucesso, a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, com um tempo de vida útil de 15 anos.
O lançamento fez-se através do foguete transportador ucraniano Zenit, e o engenho estará localizado a 36 mil quilómetros acima do nível do mar, com uma velocidade que coincide com a da rotação da terra, podendo cobrir um terço do globo terrestre.
Depois de entrar em órbita, o equipamento terá um período de dois a três meses de testes, antes da sua operacionalização plena, e ficará na posição orbital 14,5 E com uma potência de três mil 753 W, na banda CKu, com 16C 6Ku repetidores.
O seu centro primário de controlo e missão encontra-se em Funda, na periferia norte da capital angolana, Luanda, possuindo um outro secundário na cidade russa de Korolev.
Para garantir o seu funcionamento, foram formados 47 engenheiros espaciais em países como Argentina, China, Coreia, o Brasil, Japão e Rússia.
As autoridades angolanas esperam com este passo melhorar amplamente os serviços de telecomunicações no país, nomeadamente a televisão, a telefonia e a Internet, entre outros, num processo "que vai contribuir para a inclusão digital e coesão nacional".
O Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação (MTTI) anunciou que, para a comercialização do satélite, 40 porcento da sua capacidade está já reservada para as operadoras, 10 porcento para os serviços de segurança e defesa nacionais e outros 10 para ações sociais (como setores da Educação e Saúde e pequenos negócios).
Os preços dos serviços do satélite serão os mesmos praticados internacionalmente (standard), apesar de que a estratégia do Governo angolano seja "torná-los mais atrativos".
Uma das grandes vantagens que as operadoras angolanas vão ter com o Angosat1 é "pagar preços mais acessíveis e em moeda local, o kwanza", segundo ainda o MTTI.
-0- PANA IZ 28dez2017
Falando à imprensa na capital russa, Moscovo, o ministro desvalorizou os receios sobre um eventual prejuízo resultante da perda de comunicação entre o satélite angolano e as estações de controlo de Baykanour, no Cazaquistão, e Rovobono Sport, na Rússia.
Segundo o governante, esta dificuldade é normal em processos do género e está prevista no protocolo de ativação deste primeiro satélite angolano, que foi construído na Rússia num investimento de cerca de 320 milhões de dólares americanos.
O ministro prestou estas declarações, quarta-feira, depois de informações postas a circular na imprensa em que a Rússia anunciava a perda do contacto com o Angosat1, chegando-se a falar em "uma interrupção temporária, com perda de telemetria”.
“É normal que as pessoas estejam preocupadas e queiram ter acesso a informações concretas. Fomos informados, pela equipa que está na estação de Baykanour, (de) que o satélite está na sua base orbital.
"Precisamos, agora, das próximas 12 ou 14 horas, para que os engenheiros possam concluir com exatidão o que se está a passar, com recurso à observação microscópica. Deste modo, será possível determinar que comandos enviar para o engenho”, esclareceu.
O ministro aventou a hipótese de se tratar de um problema relacionado com os painéis solares ou do seu alinhamento com o sol, pelo que "não há razões para alarmes".
Com o lançamento do Angosat1, Angola tornou-se no sétimo país africano a ter em órbita satélite próprio de telecomunicações, depois dos casos da Argélia, da África do Sul, do Egito, de Marrocos, da Nigéria e da Tunísia.
O primeiro satélite angolano foi lançado com sucesso, a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, com um tempo de vida útil de 15 anos.
O lançamento fez-se através do foguete transportador ucraniano Zenit, e o engenho estará localizado a 36 mil quilómetros acima do nível do mar, com uma velocidade que coincide com a da rotação da terra, podendo cobrir um terço do globo terrestre.
Depois de entrar em órbita, o equipamento terá um período de dois a três meses de testes, antes da sua operacionalização plena, e ficará na posição orbital 14,5 E com uma potência de três mil 753 W, na banda CKu, com 16C 6Ku repetidores.
O seu centro primário de controlo e missão encontra-se em Funda, na periferia norte da capital angolana, Luanda, possuindo um outro secundário na cidade russa de Korolev.
Para garantir o seu funcionamento, foram formados 47 engenheiros espaciais em países como Argentina, China, Coreia, o Brasil, Japão e Rússia.
As autoridades angolanas esperam com este passo melhorar amplamente os serviços de telecomunicações no país, nomeadamente a televisão, a telefonia e a Internet, entre outros, num processo "que vai contribuir para a inclusão digital e coesão nacional".
O Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação (MTTI) anunciou que, para a comercialização do satélite, 40 porcento da sua capacidade está já reservada para as operadoras, 10 porcento para os serviços de segurança e defesa nacionais e outros 10 para ações sociais (como setores da Educação e Saúde e pequenos negócios).
Os preços dos serviços do satélite serão os mesmos praticados internacionalmente (standard), apesar de que a estratégia do Governo angolano seja "torná-los mais atrativos".
Uma das grandes vantagens que as operadoras angolanas vão ter com o Angosat1 é "pagar preços mais acessíveis e em moeda local, o kwanza", segundo ainda o MTTI.
-0- PANA IZ 28dez2017