PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Governante cabo-verdiana refuta acusações de “uso ilegal” de recursos do Estado
Praia, Cabo Verde (PANA) – A ministra cabo-verdiana da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, Janira Hopffer Almada, considerou, segunda-feira, como “infundadas e levianas” as acusações feitas contra si e segundo as ela utiliza recursos do Estado para fins partidários e eleitoralistas.
Interpelada sobre a utilização de recursos do Estado como facto de condicionamento eleitoral e a corrupção no acesso a cargos públicos, por um deputado do Grupo Parlamentar do MpD, Abraão Vicente, Janira Hopffer Almada disse ter recebido três mil e 300 milhões de escudos (cerca de 30 milhões de euros) do Orçamento do Estado (OE) para uma campanha interna que a elegeu em dezembro último como presidente do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder).
A ministra sublinhou ainda que o Governo sustentado pelo PAICV “não teme porque não deve” e garantiu que todos os processos tramitados pelo Ministério da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos seguem seus “preceitos legais” de “forma escrupulosa”.
A governante referiu que todos os processos de apoio às associações comunitárias, sociais e juvenis são tramitados e seguem os preceitos legais, sendo que muitos existem muito antes de ser ministra.
"Refuto categoricamente todas essas acusações e digo que é uma falta de respeito para com os jovens cabo-verdianos", prosseguiu, sublinhando que as “acusações do MpD não passam disso mesmo. São acusações infundadas e levianas e feitas numa atitude de total desrespeito para com os Cabo-verdianos”, finalizou.
Janira Hopffer Almada disse que acusar o Governo e, em especial, o seu ministério de estar a promover o condicionamento do voto e fazer uso ilícito dos recursos públicos “é grave fundamentalmente por duas razões”.
“Primeiro porque representa uma grande falta de respeito pelos parceiros, pelas associações e pelos Cabo-verdianos os quais, ao longo do processo de desenvolvimento de Cabo Verde, têm dado o seu contributo. É uma grande falta de respeito porque pressupõe que esses Cabo-verdianos se vendem”, indicou.
Por outro lado, a governante disse que isto mostra a grande falta de coerência do MpD que, algumas vezes acusa o Governo e a ministra da Juventude de nada fazer para a coesão social e resolver os problemas das famílias carenciadas.
"E quando a resposta vem com trabalho feito, ele tenta desmerecer esse trabalho, lançar suspeições para descredibilizar toda a atuação do Governo”, indignou-se.
De facto o deputado apontou uma "classe privilegiada" com acesso aos recursos do Estado e pediu informações sobre o pagamento de "milhares e milhares de contos" a algumas associações comunitárias, a assinatura de contratos-programa e apoios a grupos de cidadãos nas vésperas das eleições internas do partido no poder, "sem justificação".
"Existe uma ligação entre as estruturas diretivas das associações financiadas e as próprias estruturas do PAICV", acusou o deputado, dizendo ter provas, nomes, localidades, mapas, mas não os divulgou durante o debate.
-0- PANA CS/DD 24mar2015
Interpelada sobre a utilização de recursos do Estado como facto de condicionamento eleitoral e a corrupção no acesso a cargos públicos, por um deputado do Grupo Parlamentar do MpD, Abraão Vicente, Janira Hopffer Almada disse ter recebido três mil e 300 milhões de escudos (cerca de 30 milhões de euros) do Orçamento do Estado (OE) para uma campanha interna que a elegeu em dezembro último como presidente do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder).
A ministra sublinhou ainda que o Governo sustentado pelo PAICV “não teme porque não deve” e garantiu que todos os processos tramitados pelo Ministério da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos seguem seus “preceitos legais” de “forma escrupulosa”.
A governante referiu que todos os processos de apoio às associações comunitárias, sociais e juvenis são tramitados e seguem os preceitos legais, sendo que muitos existem muito antes de ser ministra.
"Refuto categoricamente todas essas acusações e digo que é uma falta de respeito para com os jovens cabo-verdianos", prosseguiu, sublinhando que as “acusações do MpD não passam disso mesmo. São acusações infundadas e levianas e feitas numa atitude de total desrespeito para com os Cabo-verdianos”, finalizou.
Janira Hopffer Almada disse que acusar o Governo e, em especial, o seu ministério de estar a promover o condicionamento do voto e fazer uso ilícito dos recursos públicos “é grave fundamentalmente por duas razões”.
“Primeiro porque representa uma grande falta de respeito pelos parceiros, pelas associações e pelos Cabo-verdianos os quais, ao longo do processo de desenvolvimento de Cabo Verde, têm dado o seu contributo. É uma grande falta de respeito porque pressupõe que esses Cabo-verdianos se vendem”, indicou.
Por outro lado, a governante disse que isto mostra a grande falta de coerência do MpD que, algumas vezes acusa o Governo e a ministra da Juventude de nada fazer para a coesão social e resolver os problemas das famílias carenciadas.
"E quando a resposta vem com trabalho feito, ele tenta desmerecer esse trabalho, lançar suspeições para descredibilizar toda a atuação do Governo”, indignou-se.
De facto o deputado apontou uma "classe privilegiada" com acesso aos recursos do Estado e pediu informações sobre o pagamento de "milhares e milhares de contos" a algumas associações comunitárias, a assinatura de contratos-programa e apoios a grupos de cidadãos nas vésperas das eleições internas do partido no poder, "sem justificação".
"Existe uma ligação entre as estruturas diretivas das associações financiadas e as próprias estruturas do PAICV", acusou o deputado, dizendo ter provas, nomes, localidades, mapas, mas não os divulgou durante o debate.
-0- PANA CS/DD 24mar2015