PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Governador provincial nega existência de refugiados moçambicanos no Malawi
Maputo, Moçambique (PANA) – O governador da província central moçambicana de Tete, Paulo Awade, negou a existência de refugiados moçambicanos no vizinho Malawi, afirmando que as pessoas acomodadas no campo de Kapise são deslocadas, maioritariamente cidadãos malawianos, que procuram sobreviver à fome que afeta este país.
Acusando os guerrilheiros da Renamo de terem incendiado casas da população em Nkondezi, no distrito de Moatize (Tete), Awade disse que os poucos deslocados moçambicanos que se encontram naquele campo "são familiares" dos homens armados do movimento de Afonso Dhlakama.
Paulo Awade avançou que quem ataca nas estradas destrói propriedades são os guerrilheiros da Renamo, antigo movimento rebelde hoje convertido em partido político, enquanto a população tenta construir o país, sublinhando que Moçambique não tem refugiados no Malawi.
“Não me fales de refugiados porque não há nenhum refugiado. O que existe no Malawi são deslocados e, se nós prestarmos atenção, dia após dia, os números estão a subir. No Malawi há seca, assim como em Moçambique e alguns Malawianos fazem-se de deslocados em pontos estratégicos da nossa fronteira”, referiu.
O governante admitiu que pode haver um e outro Moçambicano que se desloca ao Malawi. “Se verificarmos a nossa linha de fronteira, em termos de segurança ou de controlo, pode distinguir quem é o Moçambicano que está no Malawi e quem está em Moçambique”, disse.
Awade disse que a população de Nkondezi continua a produzir nas suas machambas em Moçambique e que aqueles que estão no Malawi são os deslocados.
“Se verificar bem, no Malawi tem mais crianças e mulheres que são as mulheres e crianças dos homens armados da Renamo”, explicou.
Há duas semanas, a porta-voz da IV sessão ordinária do Conselho de Ministros, Ana Comuana, disse à imprensa que a delegação do Governo que, na semana anterior, se deslocara ao Malawi, chefiada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, constatou na altura que os cidadãos moçambicanos se refugiaram neste país vizinho devido a questões de ordem natural, como a seca, e social (instabilidade político-militar).
“Assim apurou-se como causas principais destas migrações questões quer de ordem natural, quer de ordem social. Portanto, há focos de seca sobretudo nalguns pontos da província de Tete, mas também a situação social resultante de focos de instabilidade que leva alguns concidadãos a optarem por se fixarem lá na República do Malawi”, disse a porta-voz.
-0- PANA AIM/IZ 01março2016
Acusando os guerrilheiros da Renamo de terem incendiado casas da população em Nkondezi, no distrito de Moatize (Tete), Awade disse que os poucos deslocados moçambicanos que se encontram naquele campo "são familiares" dos homens armados do movimento de Afonso Dhlakama.
Paulo Awade avançou que quem ataca nas estradas destrói propriedades são os guerrilheiros da Renamo, antigo movimento rebelde hoje convertido em partido político, enquanto a população tenta construir o país, sublinhando que Moçambique não tem refugiados no Malawi.
“Não me fales de refugiados porque não há nenhum refugiado. O que existe no Malawi são deslocados e, se nós prestarmos atenção, dia após dia, os números estão a subir. No Malawi há seca, assim como em Moçambique e alguns Malawianos fazem-se de deslocados em pontos estratégicos da nossa fronteira”, referiu.
O governante admitiu que pode haver um e outro Moçambicano que se desloca ao Malawi. “Se verificarmos a nossa linha de fronteira, em termos de segurança ou de controlo, pode distinguir quem é o Moçambicano que está no Malawi e quem está em Moçambique”, disse.
Awade disse que a população de Nkondezi continua a produzir nas suas machambas em Moçambique e que aqueles que estão no Malawi são os deslocados.
“Se verificar bem, no Malawi tem mais crianças e mulheres que são as mulheres e crianças dos homens armados da Renamo”, explicou.
Há duas semanas, a porta-voz da IV sessão ordinária do Conselho de Ministros, Ana Comuana, disse à imprensa que a delegação do Governo que, na semana anterior, se deslocara ao Malawi, chefiada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, constatou na altura que os cidadãos moçambicanos se refugiaram neste país vizinho devido a questões de ordem natural, como a seca, e social (instabilidade político-militar).
“Assim apurou-se como causas principais destas migrações questões quer de ordem natural, quer de ordem social. Portanto, há focos de seca sobretudo nalguns pontos da província de Tete, mas também a situação social resultante de focos de instabilidade que leva alguns concidadãos a optarem por se fixarem lá na República do Malawi”, disse a porta-voz.
-0- PANA AIM/IZ 01março2016