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Golpista nega ter mandado matar e ferir pessoas no Burkina Faso

Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - O golpista burkinabe, o general Gilbert Diendéré, declara não ter mandado matar nem ferir pessoas durante o Golpe de Estado frustrado de setembro de 2015, no Burkina Faso.

"O que eu assumi foi a tomada do poder a 17 de setembro (de 2015), depois de o termos decidido com a então hierarquia militar e termos notado a vacatura no poder. As destruições, os mortos e os feridos, não são da minha autoria", negou o general Diendéré, terça-feira, quinto dia da sua comparência em tribunal.

"Se aquilo fosse premeditado, não teria acontecido dessa maneira. As coisas seriam feitas de maneira diferente", prosseguiu, declarando-se inocente.

Acrescentou ter apenas sido abordado para assumir uma situação.

O golpe de Estado, que matou cerca de 15 pessoas e fez vários feridos, foi perpetrado pelo Regimento de Segurança Presidencial (RSP), um corpo de elite formado pelo ex-Presidente burkinabe, Blaise Comaporé, derrubado a 31 de outubro de 2014 por uma revolta popular após 27 anos de poder ditatorial.

O RSP estava sob a tutela do general Gilbert Diendéré, que assumiu a presidência do Conselho Nacional para a Democracia (CND), junta no poder, no rescaldo do golpe de Estado setembro de 2015.

-0- PANA NDT/BEH/DIM/DD 05dez2018