PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
General angolano investigado em Portugal por branqueamento de capitais
Luanda, Angola (PANA) - As autoridades judiciárias portuguesas abriram uma nova investigação criminal contra o general angolano Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, por suspeita de branqueamento de 402 milhões de euros, segundo a imprensa local.
O dinheiro teria dado entrada em Portugal nas contas pessoais do general Kopelipa, ex-chefe da Casa de Segurança do antigo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, e em contas de sociedades offshore que ele movimentava entre setembro de 2006 e fevereiro de 2013.
Os documentos do processo-crime citados pela imprensa portuguesa revelam que parte das verbas deu entrada em contas detidas por sociedades offshore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, e através de cerca de 160 operações financeiras em euros e dólares.
Dos 402 milhões de euros sob suspeita, 304,4 milhões teriam sido creditados nas contas das sociedades offshores nos bancos BES e BCP, e 97,7 milhões de euros nas contas pessoais do general Kopelipa no BCP, no Banco Privado Atlântico-Europa, no BES e no BIG.
A investigação ao general angolano chegou a ser arquivada em 2014 pelo então procurador do processo, Paulo Gonçalves, que na altura concluiu, após analisar os suportes bancários das operações financeiras que Kopelipa juntara ao processo, que o dinheiro movimentado "estava explicado e tinha origem lícita".
Porém, o inquérito foi reaberto no mês seguinte através de um despacho hierárquico do diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Amadeu Guerra, que então entendia que algumas das operações financeiras "não tinham sido justificadas".
No final desse mesmo ano, os peritos do DCIAP analisaram os mesmos documentos e os esclarecimentos do general angolano, e concluíram não ser possível identificar a origem inicial do dinheiro, pelo que foram pedidos documentos adicionais aos bancos.
Enquanto isso, a defesa de Kopelipa argumenta que o dinheiro foi usado para compras de bens e serviços maioritariamente em Portugal.
“A maioria dos referidos 400 milhões de euros, movimentados entre 2006 e 2013, destinaram-se, como decorre da documentação apresentada e dos atos comerciais subjacentes, a pagar mercadorias, equipamentos e serviços a fornecedores no exterior de Angola, designadamente em Portugal”, explica Paulo Blanco, advogado do general Kopelipa.
Por outro lado, o general angolano indica, no requerimento em que apresentou a justificação das operações bancárias, que não cometeu crimes, porque o dinheiro em causa é fruto de "poupanças e investimentos".
-0- PANA IZ 05março2018
O dinheiro teria dado entrada em Portugal nas contas pessoais do general Kopelipa, ex-chefe da Casa de Segurança do antigo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, e em contas de sociedades offshore que ele movimentava entre setembro de 2006 e fevereiro de 2013.
Os documentos do processo-crime citados pela imprensa portuguesa revelam que parte das verbas deu entrada em contas detidas por sociedades offshore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, e através de cerca de 160 operações financeiras em euros e dólares.
Dos 402 milhões de euros sob suspeita, 304,4 milhões teriam sido creditados nas contas das sociedades offshores nos bancos BES e BCP, e 97,7 milhões de euros nas contas pessoais do general Kopelipa no BCP, no Banco Privado Atlântico-Europa, no BES e no BIG.
A investigação ao general angolano chegou a ser arquivada em 2014 pelo então procurador do processo, Paulo Gonçalves, que na altura concluiu, após analisar os suportes bancários das operações financeiras que Kopelipa juntara ao processo, que o dinheiro movimentado "estava explicado e tinha origem lícita".
Porém, o inquérito foi reaberto no mês seguinte através de um despacho hierárquico do diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Amadeu Guerra, que então entendia que algumas das operações financeiras "não tinham sido justificadas".
No final desse mesmo ano, os peritos do DCIAP analisaram os mesmos documentos e os esclarecimentos do general angolano, e concluíram não ser possível identificar a origem inicial do dinheiro, pelo que foram pedidos documentos adicionais aos bancos.
Enquanto isso, a defesa de Kopelipa argumenta que o dinheiro foi usado para compras de bens e serviços maioritariamente em Portugal.
“A maioria dos referidos 400 milhões de euros, movimentados entre 2006 e 2013, destinaram-se, como decorre da documentação apresentada e dos atos comerciais subjacentes, a pagar mercadorias, equipamentos e serviços a fornecedores no exterior de Angola, designadamente em Portugal”, explica Paulo Blanco, advogado do general Kopelipa.
Por outro lado, o general angolano indica, no requerimento em que apresentou a justificação das operações bancárias, que não cometeu crimes, porque o dinheiro em causa é fruto de "poupanças e investimentos".
-0- PANA IZ 05março2018