Agência Panafricana de Notícias

Gana advoga tratado para contralar circulação de armas ligeiras no mundo

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – O Gana pediu sexta-feira um tratado da Organização das Nações Unidas (ONU) constrangedor suscetível de controlar a circulação de armas para destinos onde possam fomentar conflitos ou ameaçar a paz nacional e regional.

'Para os países em desenvolvimento, como o Gana, a proliferação ilicita das armas ligeiras e de armas portatéis e outros armamentos convencionais continua a representar uma ameaça à nossa segurança nacional e à nossa establidade socioeconomica e politica », declarou o Presidente do Gana, John Atta Mills, perante a 66ª sessão da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque.

Mills convidou a ONU a preparar um projeto de tratado que controlara o comércio ilícito das armas portatéis em África e noutras regiões do mundo.

« As reuniões que ficam do Comitá Preparatório da conferência da ONU sobre o tratado sobre o comércio das armas deveriam fazer propostas relativas a este projeto que deve preencher as lacunas que permitiram as armas convencionais passarem dos mercados legitimos para os ilícitos », sublinhou.

Segundo ele, "para controlar a escalada dos conflitos, devemos controlar a circulação das armas ligeiras".

O Comité Preparatório foi criado depois de a Assembleia Geral da ONU ter pedido em 2006 ao Secretário-Geral (Ban Ki-moon) criar um grupo de peritos governamentais para refletirem sobre a viablidade, o alcance e os parámetros dum instrumento global constrangedor que fixe as normas internacionais para a importação, a exportação e a transferência das armas convencionais ».

Mills acrescentou que o Gana continuirá a contribuir para missões de manutenção da paz da ONU, mas convidou os países doadores a certificarrem-se de que os países contribuidores de tropas recebem o apoio financeiro necessário a tempo.

Por sua vez, o Presidente da Namibia, Hifikepunye Pohamba, criticou a intervenção militar estrangeira na Líbia, ao declarar que "a mudança democratica deve acontecer no interior e não pode ser utilizada para repor em causa a soberania dum Estado.

«Esta intervenção militar de potências estrangeiras recorda a África a tristemente célebre conferência de Berlim de 1884-1885, quando as potências imperiais partilharam África", declarou.

Pohamba acrescentou que os países desenvolvidos devem respeitar a soberania dos países en desenvolvimento e cessar de intervir nos seus assuntos internos.

-0- PANA AA/BOS/FJG/DIM/DD 24setembro2011