Agência Panafricana de Notícias

Gabão pede cessar-fogo à coligação ocidental contra Líbia

Libreville, Gabão (PANA) – O Gabão pediu esta terça-feira a observação dum cessar-fogo à coligação ocidental exprimindo a sua disponibilidade para dar a sua contribuição para uma resolução pacífica da crise líbia.. indica um comunicado oficial divulgado terça-feira em Libreville.

« O Gabão que rubricou a resolução 1973 que assinou a resolução 1973 do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Líbia.,está a acompanhar com extrema atenção a situação na Líbia e considera que a aplicação desta resolução parece viciada pois ela evolui com uma geometria variável caraterizada por uma multiplicação de bombardeamentos pelas forças aliadas da coligação. Bombardeamentos não mencionados pelo texto da resolução », lê-se no texto.

O Gabão que faz parte de três países africanos, designadamente a Nigéria e a Áfria do Sul, que votaram esta resolução defende a iniciativa da União Africana « de lançar uma concertação com todos os parceiros e interlocutores bilaterais ou multilaterais, nomeadamente as Nações Unidas, a União Europeia (UE) , a Liga Árabe (LA) e a Organização da Conferência Islâmica (OCI) ».

« Além do apoio dado à resolução 1973, o Gabão, país de paz, quer reafirmar que o objetivo da aplicação da zona de exclusão aérea contra a Líbia é exclusivamente preservar as populações civis colocando-as fora do alcance dos bombardeamentos indiscriminados da aviação líbia », sublinha o comunicado.

De acordo com a fonte, "é nesta dimensão humanitária que se baseou particularmente o nosso compromisso a favor da resolução 1973 do Conselho de Segurança . Pois, não se trata absolutamente duma campanha visando outros alvos ou objetivos não mencionados pelo texto da resolução".

A resolução, patrocinada pelar França, pela Grã-Bretannha, pelos Estados Unidos e pelo Líbano, foi adotada por 10 dos 15 votos. Houve cinco abstenções, incluindo a da Alemanha, da China e da Rússia. Estes dois últimos, membros permanentes do CS da ONU, não impuseram o seu veto.

-0- PANA LAW/TBM/FK/DD 22março2011