PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Fundações cabo-verdiana e angolana assinam protocolo de cooperação
Praia, Cabo Verde (PANA) - A Fundação Amílcar Cabral (FAC), de Cabo Verde, e a Fundação Agostinho Neto (FAAN), de Angola, assinaram segunda-feira, na cidade da Praia, um protocolo para desenvolverem e aprofundarem ações de cooperação no âmbito da preservação da memória histórica das lutas de libertação dos dois países, apurou a PANA na capital cabo-verdiana.
O acordo entre as fundações, cujos patronos “estiveram irmanados num combate comum pela causa da liberdade, da dignidade, da paz e do desenvolvimento dos seus povos, visa desenvolver e aprofundar ações de cooperação no âmbito da preservação da memória histórica, através de iniciativas conjuntas de natureza cultural, cientifica e técnica”.
Assinatura do protocolo entre as duas fundações acontece no âmbito de uma visita que a presidente da FAAN, Maria Eugénia Neto, efetua a Cabo Verde e que será marcada também pelo lançamento, terça-feira, da obra "Agostinho Neto e a Libertação de Angola, 1949 -1974, Arquivos da PIDE-DGS", no Centro Cultural de Mindelo, na ilha de São Vicente.
Para o presidente da Fundação Amílcar Cabral e ex-presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, o protocolo “é a institucionalização das relações que já existem há muito tempo entre as duas fundações, que têm um programa de recuperação e conservação da memória das personalidades de quem recebem o nome, mas também das lutas que protagonizaram”.
Segundo Pedro Pires, "a questão da memória é o lado mais importante” do protocolo. Neste sentido, ele anunciou que pretende estabelecer relações de cooperação com outras fundações, algumas das quais já lhe fizeram sugestões no sentido de “trabalharmos em rede porque a documentação está um bocadinho espalhada por todo o lado".
O presidente da FAC garantiu que há já perspetivas de o Centro de Documentação Samora Machel vir a tornar-se num dos parceiros da fundação que dirige e da Fundação Agostinho Neto, mas defendeu que o trabalho destas instituições "não pode centrar-se excessivamente no passado", devendo sim refletir sobre os desafios presentes e do futuro.
Por sua vez, a presidente da FAAN considerou que, com este protocolo, fica mais reforçada a amizade entre Angola e Cabo Verde, ao fixar o passado e cimentar o futuro.
"Que a nossa cooperação seja frutífera, que os povos africanos ocupem o seu lugar no mundo e caminhem com voz igual para a fraternidade das nações", desejou a viúva de Agostinho Neto, primeiro presidente de Angola (1975-1979).
Durante a estadia em Cabo Verde, a presidente da FAAN participará no nono encontro das fundações da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) a decorrer nas ilhas de Santo Antão e de São Vicente.
Nesse fórum, Maria Eugénia Neto irá intervir no workshop sobre as "experiências de Desenvolvimento da Sociedade Civil e Intervenção de atores não estatais".
Ainda antes de regressar a Angola, a presidente da FAAN visitará o Hospital Agostinho Neto e centros de interesse cultural na capital cabo-verdiana.
-0- PANA CS/IZ 06nov2012
O acordo entre as fundações, cujos patronos “estiveram irmanados num combate comum pela causa da liberdade, da dignidade, da paz e do desenvolvimento dos seus povos, visa desenvolver e aprofundar ações de cooperação no âmbito da preservação da memória histórica, através de iniciativas conjuntas de natureza cultural, cientifica e técnica”.
Assinatura do protocolo entre as duas fundações acontece no âmbito de uma visita que a presidente da FAAN, Maria Eugénia Neto, efetua a Cabo Verde e que será marcada também pelo lançamento, terça-feira, da obra "Agostinho Neto e a Libertação de Angola, 1949 -1974, Arquivos da PIDE-DGS", no Centro Cultural de Mindelo, na ilha de São Vicente.
Para o presidente da Fundação Amílcar Cabral e ex-presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, o protocolo “é a institucionalização das relações que já existem há muito tempo entre as duas fundações, que têm um programa de recuperação e conservação da memória das personalidades de quem recebem o nome, mas também das lutas que protagonizaram”.
Segundo Pedro Pires, "a questão da memória é o lado mais importante” do protocolo. Neste sentido, ele anunciou que pretende estabelecer relações de cooperação com outras fundações, algumas das quais já lhe fizeram sugestões no sentido de “trabalharmos em rede porque a documentação está um bocadinho espalhada por todo o lado".
O presidente da FAC garantiu que há já perspetivas de o Centro de Documentação Samora Machel vir a tornar-se num dos parceiros da fundação que dirige e da Fundação Agostinho Neto, mas defendeu que o trabalho destas instituições "não pode centrar-se excessivamente no passado", devendo sim refletir sobre os desafios presentes e do futuro.
Por sua vez, a presidente da FAAN considerou que, com este protocolo, fica mais reforçada a amizade entre Angola e Cabo Verde, ao fixar o passado e cimentar o futuro.
"Que a nossa cooperação seja frutífera, que os povos africanos ocupem o seu lugar no mundo e caminhem com voz igual para a fraternidade das nações", desejou a viúva de Agostinho Neto, primeiro presidente de Angola (1975-1979).
Durante a estadia em Cabo Verde, a presidente da FAAN participará no nono encontro das fundações da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) a decorrer nas ilhas de Santo Antão e de São Vicente.
Nesse fórum, Maria Eugénia Neto irá intervir no workshop sobre as "experiências de Desenvolvimento da Sociedade Civil e Intervenção de atores não estatais".
Ainda antes de regressar a Angola, a presidente da FAAN visitará o Hospital Agostinho Neto e centros de interesse cultural na capital cabo-verdiana.
-0- PANA CS/IZ 06nov2012
