Funcionários públicos descontentes com aumento salarial de cinco porcento no Togo
Lomé, Togo (PANA) – Cinco por cento do aumento salarial para a função pública “não é grande coisa e não pode melhorar o atual poder de compra, com o custo de vida a aumentar cada vez mais”, protestavam quarta-feira em Lomé funcionários públicos togoleses.
Os seus protestos seguem-se a um anúncio a 26 de abril último, pelo chefe do Estado togolês, Faure Essozimna Gnassingbé, na véspera da comemoração da independência do país, deste aumento “para melhorar o poder de compra dos funcionários” e que entrará em vigor em janeiro de 2020, na execução do próximo orçamento geral do Estado.
Interrogados quarta-feira pela PANA, funcionários acolheram a decisão com pouco entusiasmo.
Se se concretizar, ela será um segundo aumento, depois do de seis por cento concedido em 2013 aos funcionários públicos, no termo de longas negociações entre sindicatos dos trabalhadores e o Governo togolês.
Além desta resolução, o Presidente Faure anunciou que o Governo vai intensificar consultas e empreender estudos atuariais necessários para a retomada, a partir de janeiro de 2020, dos subsídios de reforma, em harmonia com esforços de saneamento das finanças públicas envidados.
"Disposições já são tomadas para a construção de dois locais que serão colocados à disposição das associações com vista a servir de casas dos reformados”, indicou.
Na África Ocidental, o Togo faz parte dos países onde o salário dos funcionários públicos é muito baixo.
Neste país, o Salário Mínimo Interprofissional Garantido (SMIG), de 28 mil francos (47,78 dólares americanos), em 2008, passou para 35 mil francos (59,7 dólares americanos), em 2011, e, desde então, não houve nenhum outro aumento.
-0- PANA FAA/JSG/MAR/DD 1maio2019