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Francofonia envia missão ao Tchad para saber de rumo de opositor

Paris- França (PANA) -- Uma delegação da Organização Internacional da Francofonia (OIF) está em N'Djamena para discutir com as autoridades tchadianas a sequência a dar às recomendações da comissão de inquérito internacional sobre o desaparecimento do opositor Ibn Oumar Mahamat Saleh, declarou terça-feira em Paris, um responsável associativo tchadiano, Tenabaye Massalbaye.
"É a terceira missão que a OIF envia a N'Djamena em dois meses.
A Francofonia procura convencer o Governo tchadiano a dar sequência às recomendações da comissão de inquérito internacional", disse Massalbaye, presidente da Liga Tchadiana dos Direitos Humanos (LTDH), durante uma conferência de imprensa.
A comissão de inquérito acusou as forças de segurança tchadiana pelo desaparecimento do opositor Ibn Oumar Mahamat Saleh a 3 de Fevereiro de 2008 e exigiu o encerramento de todos os locais secretos de detenção.
"O poder não deu nenhuma sequência a estas recomendações.
Pelo contrário ele apresentou uma queixa ao considerar que o Estado tchadiano foi agredido durante eventos que conduziram ao desaparecimento de Ibn Oumar Mahamat Saleh", deplorou o presidente da LTDH.
A OIF, a União Europeia, a União Africana e França participaram na comissão de inquérito internacional que apelou ainda para o respeito das liberdades públicas e individuais no Tchad e o reforço da democracia pluralista no país.
"O poder não fez nada para mostrar que está pronto para seguir as recomendações.
E o mais surpreendente, para nós sociedade civil, é que a comunidade internacional se cala.
Nem França, nem a União Europeia não se pronunciaram para criticar o comportamento do regime de (Presidente tchadiano Idriss) Deby", prosseguiu Massalbaye.
Uma delegação da sociedade civil tchadiana iniciou por Paris uma digressão europeia de sensibilização sobre os "riscos de incêndio" no Tchad.
Depois de disccussões no Eliseu e no Quai d'Orsay, a delegação composta por Michel Barka, da União dos Sindicatos do Tchad, por Delphine Djiraibe, do Comité de Acompanhamento do Apelo para a Paz e Reconciliação Nacional, e por Massalbaye, vai deslocar-se a Bruxelas, na sede da União Europeia.
"O poder criou um comité de acompanhamento das recomendações presidido pelo primeiro-ministro e um outro comité técnico liderado por um magistrado.
Achamos que são manobras dilatórias, isoladas das recomendações da comissão de inquérito internacional.
É preciso exercer pressões sobre Déby para sair do bloqueio", disse o presidente da LTDH.