PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
França quer apoio de Níger ao Estado de direito
Paris, França (PANA) - A França pede ao Níger para "apoiar o Estado de direito" face a diferentes processos judiciais intentados contra dirigentes da sociedade civil nigerina que desembocam numa degradação da situação socioeconómica no Níger.
"Constatamos que processos judiciais foram empreendidos. O apoio ao Estado de direito é um dos eixos importantes do nosso diálogo político e do quadro bilateral de cooperação franco-nigerino, assinado entre os nossos dois Governos em fevereiro de 2017", declarou quarta-feira um porta-voz do ministério francês dosNegócios estrangeiros durante um briefing com a imprensa.
Há alguns dias, o Níger atravessa vivas tensões sociais que resultaram na detenção, na semana passada, de várias figuras da sociedade civil, de defensores dos direitos humanos, bem como no encerramento duma cadeia de televisão privada e no confisco do cartão de imprensa dum jornalista que cobria uma manifestação.
As organizações da sociedade civil, reunidas no seio dum quadro de concertação, Esquecemos a Página Níger (TLP-Níger), queriam organizar a 25 de março último, uma jornada de ação citadina contra a lei de finanças de 2018 para explicar a lei aos cidadãos e bem como as suas consequências nefastas porque, frisou, a lei comporta medidas que vão acentuar a pressão fiscal nas camadas desfavorecidas.
As autoridades proibiram a manifestação, mas a sociedade civil decidiu mantê-la, o que provocou a intervenção das forças da ordem e a detenção dos líderes da sociedade civil perseguidos por "participar numa manifestação proibida e na destruição de bens públicos".
Os mesmos estão presos em diversas prisões do território nigerino.
"Observou-se que os preços dos géneros alimentares aumentaram desde janeiro último. Ora, os Nigerinos são pobres. O nosso país está no penúltimo lugar na classificação do IDH (Indicador de Desenvolvimento Humano) diante da República Centroafricana", denunciou Maikoul Zodi, coordenador de Esquecemos a Página Níger.
Zodi acha "absurdo" o fenómeno porque, frisou, "temos urânio e petróleo. E isto, o nosso petróleo, é isento de fiscalidade para Areva (empresa francesa de exploração de urânio) que paga 360 francos por litro de combustível contra 540 pagos pelo cidadão nigerino".
-0- PANA BM/IS/MAR/DD 06abril2018
"Constatamos que processos judiciais foram empreendidos. O apoio ao Estado de direito é um dos eixos importantes do nosso diálogo político e do quadro bilateral de cooperação franco-nigerino, assinado entre os nossos dois Governos em fevereiro de 2017", declarou quarta-feira um porta-voz do ministério francês dosNegócios estrangeiros durante um briefing com a imprensa.
Há alguns dias, o Níger atravessa vivas tensões sociais que resultaram na detenção, na semana passada, de várias figuras da sociedade civil, de defensores dos direitos humanos, bem como no encerramento duma cadeia de televisão privada e no confisco do cartão de imprensa dum jornalista que cobria uma manifestação.
As organizações da sociedade civil, reunidas no seio dum quadro de concertação, Esquecemos a Página Níger (TLP-Níger), queriam organizar a 25 de março último, uma jornada de ação citadina contra a lei de finanças de 2018 para explicar a lei aos cidadãos e bem como as suas consequências nefastas porque, frisou, a lei comporta medidas que vão acentuar a pressão fiscal nas camadas desfavorecidas.
As autoridades proibiram a manifestação, mas a sociedade civil decidiu mantê-la, o que provocou a intervenção das forças da ordem e a detenção dos líderes da sociedade civil perseguidos por "participar numa manifestação proibida e na destruição de bens públicos".
Os mesmos estão presos em diversas prisões do território nigerino.
"Observou-se que os preços dos géneros alimentares aumentaram desde janeiro último. Ora, os Nigerinos são pobres. O nosso país está no penúltimo lugar na classificação do IDH (Indicador de Desenvolvimento Humano) diante da República Centroafricana", denunciou Maikoul Zodi, coordenador de Esquecemos a Página Níger.
Zodi acha "absurdo" o fenómeno porque, frisou, "temos urânio e petróleo. E isto, o nosso petróleo, é isento de fiscalidade para Areva (empresa francesa de exploração de urânio) que paga 360 francos por litro de combustível contra 540 pagos pelo cidadão nigerino".
-0- PANA BM/IS/MAR/DD 06abril2018