Agência Panafricana de Notícias

França propõe parceria com Angola para resolver conflitos em África

Luanda, Angola (PANA) - Angola e França devem unir esforços para minimizar o sofrimento das populações dos países africanos ainda em guerra, e procurar soluções para o desenvolvimento do continente, defendeu quinta-feira o embaixador francês em Luanda, Jean-Claude Moyret.

Falando no termo de uma audiência com o Vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente, o diplomata francês afirmou que os dois Estados "devem partilhar análises, estudar problemas e procurar soluções para garantir a estabilidade no continente africano".

Aos esforços para combater os conflitos armados em África, disse, devem juntar-se igualmente as organizações regionais em particular e a comunidade internacional em geral.

No seu entender, é necessário encontrar, no domínio político, soluções consensuais, envolvendo vizinhos, a comunidade internacional, organizações sub-regionais "e com parceiros como Angola para promover a paz e a estabilidade no continente africano".

“Numa altura em que as economias vão avançando de modo espetacular em grande parte do continente africano é triste ver surgir novos focos de conflitos, guerras e sofrimentos”, lamentou

No plano bilateral, o diplomata francês identificou o fortalecimento das relações políticas e diplomáticas entre Angola e França como "o grande desafio" dos dois países para os próximos tempos, depois de alguma frieza vivida num passado recente de relações "não muito estreitas".

Para o efeito, declarou, o Governo francês está disponível para participar no processo de diversificação da economia angolana, sobretudo no desenvolvimento dos setores da agricultura, energia, águas e tratamento do lixo.

Sublinhou que as relações económicas entre os dois Estados assumem uma “importância crucial” no setor petrolífero, mas que as empresas francesas podem fornecer toda a tecnologia de que Angola precisa para desenvolver o setor não petrolífero em várias regiões.

“O petróleo não é tudo, mas sim o começo para o futuro do país”, sentenciou o diplomata gaulês, garantindo que o processo de diversificação da economia angolana pode contar com as empresas francesas.

-0- PANA IZ 28março2014