Agência Panafricana de Notícias

França preocupada com situação de segurança na RCA

Brazzaville, Congo (PANA) – O embaixador de França no Congo, Jean Pierre Vidon, declarou-se, quarta-feira, em Brazzaville, preocupado com os últimos desenvolvimentos da situação de segurança na República Centroafricana (RCA), anunciou a rádio pública congolesa.

Falando no termo dum encontro com o chefe de Estado congolês, Denis Sassou N’Guesso, medianeiro da crise centroafricana, o diplomata francês disse estar consciente de que é preciso mais tempo para se chegar às eleições.

Porém, ressalvou, é também necessário que este período de tempo seja encurtado ao máximo, para que a transição se faça o mais cedo possível e as eleições possam realizar-se o mais rapidamente possível”.

"O essencial da nossa conversa permitiu abordar a situação na RCA. Desde o início da crise na RCA, o Congo e França estão a agir em concertação neste domínio. Estamos preocupados com as últimas evoluções da situação na cidade de Bangui cujos habitantes voltaram a abandonar os seus lares para se refugiarem em locais mais seguros”, indicou Vidon.

O embaixador sublinhou que haverá ainda muitas negociações sobre esta questão, o essencial sendo que se prossiga com a transição, que não deve perdurar além dos limites fixados.

As tropas francesas estão engajadas na RCA ao lado das da União Europeia (UE) e das Nações Unidas, com vista a permitir a este país, exposto à violência há já algum tempo, recuperar a via da paz, segurança e estabilidade.

Para Vidon, a via foi já traçada através da resolução das Nações Unidas e dos diferentes acordos assinados pelos diferentes protagonistas a fim de restabelecer um clima de tranquilidade na RCA.

"Há uma estratégia global, adotada pelas Nações Unidas que foi aplicada por todos os parceiros. Eu falarei de França e do Congo que mantêm consultas regulares, que trabalham juntos nesta questão, evidentemente com todos os outros parceiros. É juntos que se pode encontrar uma via para continuar com a lógica dos acordos concluídos, dos acordos de Libreville, da Carta de Transição. Então, não se pode afastar-se destes textos », explicou.

-0- PANA MB/IS/FK/IZ 16out2014