Agência Panafricana de Notícias

França levanta alerta para ameaças terroristas no Burkina Faso

Paris- França (PANA) -- França levantou medidas de prudência e segurança impostas aos seus cidadãos residentes no Burkina Faso, na sequência de alegadas ameaças de rapto atribuídas ao movimento terrorista Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI).
Esta afirmação foi feita sexta-feira em Paris pelo ministro burkinabe dos Negócios Estrangeiros, Alain Yoda, no quadro da sua visita a França.
"Após terem feito verificações, as autoridades francesas aperceberam-se de que as ameaças supostas não eram fundadas.
A mesma coisa aconteceu, alguns dias antes, com Americanos", declarou Yoda durante uma conferência de imprensa.
Ele disse ter discutido diretamente, sobre esta questão, "com nossos amigos franceses".
"Sugeri-lhes sobretudo a privilegiarem a concertação com as autoridades nacionais sobre estas questões.
Pois, podemos ter informações que eles não tenham", disse o chefe da diplomacia burkinabe.
Ele aproveitou a oportunidade para realçar o profissionalismo e a fiabilidade dos serviços de inteligência do Burkina Faso, apelando ao mesmo tempo aos países ocidentais para não negligenciarem fontes humanas.
"O Burkina Faso é um país bem organizado, bem dirigido com serviços de inteligência muito fiáveis e eficazes.
De maneira geral, consideramos que mais vale confiar nas pessoas no terreno do que confiar em imagens obtidas via satélites ou por outros meios técnicos", exortou Yoba.
Yoda disse não há mais riscos de raptos de pessoas no Burkina Faso do que em França ou nos Estados Unidos.
"Estamos conscientes de que o risco zero existe nenhures.
Sobretudo não na nossa terra onde a pertença à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) garante a livre circulação de pessoas e bens.
Mas, consideramos que as cidades do Burkina Faso estão tão seguras com as de Nova Iorque ou Paris", martelou o ministro burkinabe dos Negócios Estrangeiros.
Ele aludia à reação de França que, receiando um raide do AQMI, tinha pedido aos seus cidadãos residentes no Burkina Faso para abandonarem o norte deste país e concentrarem-se em Ouagadougou, a capital burkinabe.