Paris, França (PANA) – A França manifestou a sua forte preocupação face à decisão do Conselho Militar de Transição (CMT), a junta militar no poder, no Sudão, de já não respeitar os acordos concluídos com a oposição civil, indica um comunicado do Quai d'Orsay (ministério francês dos Negócios Estrangeiros).
A França continua a condenar a repressão de manifestantes ocorrida segunda-feira última no Sudão, de acordo com a nota publicada terça-feira última.
"França exprime a sua forte preocupação relativa esta decisão e lembra a sua dedicação a que a transição seja objeto dum largo consenso sudanês. França lembra ao Conselho Militar de Transição a sua responsabilidade primária pela segurança de todos os Sudaneses”, declarou o Quai d’Orsay.
Após a violenta repressão de segunda-feira última, no Sudão, que fez 60 mortos e várias centenas de feridos, o general Abdel Fattah al-Burhane, presidente do CMT, decidiu, numa declaração feita nesta semana na televisão, anular todos os progressos das negociações com a oposição civil, relativas à transmissão do poder a um regime civil e à organização duma transição de três anos.
O general al-Burhane impôs a realização das eleições nos próximos nove meses, lamenta a França.
"Todas as partes devem retomar o diálogo e abster-se de qualquer ação violenta, a fim de que uma transição pacífica possa ser realizada no interesse do povo sudanês”, acrescentou o Quai d’Orsay no seu documento.
-0- PANA BM/BEH/SOC/FK/DD 6junho2019