França deplora violência pós-eleitoral no Benin
Paris, França (PANA) – França deplorou a violência que manchou a vida política beninense, depois das eleições legislativas de domingo passado que "não foram inclusivas nem competitivas”.
Num comunicado, o Ministério francês dos Negócios Estrangeiros apela a todos os atores políticos beninenses a demonstrar contenção e instaurar um "diálogo pacífico e construtivo”.
Os partidos da oposição beninense boicotaram, pela primeira vez desde a conferência nacional de 1990, estas eleições legislativas, realizadas a 28 de abril último, depois da adoção de uma nova lei eleitoral.
Três dias depois do escrutínio, que teve uma fraca taxa de participação, a tensão, que estava até então circunscrita a algumas localidades do norte e do centro do país, chegou a Cotonou, a capital económica, depois de rumores de tentativa de detenção do antigo Presidente, Yayi Boni.
Como resultado, registou-se uma situação de escaramuças populares, fazendo pelo menos três mortos, vários feridos e elevados danos materiais e ainda várias detenções de manifestantes.
"As eleições legislativas beninenses de 28 de abril de 2019 decorreram com uma taxa de participação, segundo a Comissão Eleitoral Nacional Autónoma, historicamente baixa. França deplora que o debate político nacional dos últimos meses não tenha desembocado num escrutínio inclusivo e competivo”, sublinhou a diplomacia francesa.
O Parlamento beninense votou, em finais de 2018, um novo Código Eleitoral e um nova carta de partidos políticos mais apertada, com um valor excessivo da caução eleitoral de 200 milhões de francos CFA e a obrigação para os mais de 200 partidos políticos do país constituírem-se em grandes blocos políticos e ter representações em todo o território nacional.
-0- PANA BM/IS/SOC/MAR/IZ 05maio2019