França deplora demissão do representante da ONU na Líbia Ghassan Salamé
Paris, França (PANA) – França lamentou a demissão de Ghassan Salamé, representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Líbia e saudou os seus esforços para restabelecer a paz na Líbia.
O Ministério francês dos Negócios Estrangeiros diz que o país soube com tristeza o anúncio da demissão de Salamé, que "conduziu a sua missão com competência e convicção desde junho de 2017".
"Sudamos os seus esforços a favor de um cessar-fogo e do lançamento de um diálogo político interlíbio sob a égide das Nações Unidas", declarou Agnès von der Mühll, diretora de Comunicação e Imprensa e porta-voz do Quai d’Orsay (Ministério francês dos Negócios Estrangeiros).
Ghassan Salamé, de 69 anos de idade, antigo ministro libanês da Cultura e representante especial e chefe da Misão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (MANUL), anunciou segunda-feira, após mais de dois anos e seis meses de serviço, a sua demissão "por razão de saúde".
O antigo medianeiro da ONU para a Líbia explicou a sua decisão na sua conta pessoal Twitter, afirmando que "devo reconhecer que a minha saúde já não me permite enfrentar tanto stress, pelo que pedi então ao secretário-geral (da ONU) que me libertasse das minhas funções”, escreveu.
De acordo com Mühll, França espera esta dinâmica continue e apela a todos os atores para se empenharem a favor de um cessar-fogo duradouro, de um melhor controlo dos recursos e de um diálogo político representativo e inclusivo.
A situação na Líbia deteriorou-se gradualmente com o desaparecimento do coronel Kadafi, em 2011, e desde 4 de abril último com combates violentos em torno de Tripoli, entre as tropas fiéis ao Governo de União Nacional (GNA) presidido por Fayez Al-Sarrah, reconhecido pela comunidade internacional, e a rebelião comandada pelo marechal Khalifa Haftar, com um balanço de mais de um milhar de mortos e 128 mil deslocados.
-0- PANA BM/BEH/FK/IZ 05mar2020
