França acusa Turquia de transportar mercenários para Líbia
Bruxelas, Bélgica (PANA) - O Presidente francês, Emmanuel Macron, acusa a Turquia de transportar mercenários sírios para a Líbia a fim de apoiar as tropas do Governo de Fayez al-Sarraj, instalado em Trípoli e reconhecido pelas Nações Unidas.
Durante uma conferência de imprensa em Paris, a capital francesa, no termo dum encontro com o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, Macron acusou a Turquia de desrespeitar o acordo de Berlim sobre a Líbia, no qual os participantes, dos quais a Turquia e França, se comprometeram a não violar o embargo sobre entregas de armas à Líbia.
"Nós vemos nos últimos dias navios turcos acompanharem mercenários sírios e outros combatentes que chegam ao território líbio, em violação dos compromissos tomados, a 12 de janeiro corrente, em Berlim (Alemanha) pelo Presidente turco (Recep Tayyip Edorgan)”, afirmou o Presidente francês.
Onze países e organizações internacionais momeadamente, as Nações Unidas, a União Africana (UA), a União Europeia (UE) e a Liga Árabe (LA), adotaram uma declaração comum em que advogaram um cessar-fogo permanente e se abstiveram de transportar armas para a Líbia.
O cessar-fogo foi assinado por um dos beligerantes por iniciativa da Turquia e da Rússia a 12 de janeiro corrente em Berlim, refere-se.
Mas desde então, os combates intensificaram-se entre tropas do marechal Khalifa Haftar (comndante do autoproclamado Exército Nacional líbio), e grupos armados leais ao Governo de União Nacional dirigido por Fayez Al Sarraj, baseados em Trípoli, a capital líbia.
A retomada dos violentos combates em Trípoli tiveram como consequência a fuga de emigrantes que tentam entrar na Europa, expondo-se a riscos de perder suas vidas em barcos obsoletos no mar Mediterrâneo.
-0- PANA AK/FK/DD 30jan2020