Agência Panafricana de Notícias

França acolhe conferência do Fundo Mundial contra sida e tuberculose

Paris, França (PANA) - O Presidente francês, Emmanuel Macron, decidiu acolher em França, em 2019, a conferência do Fundo Mundial de Luta contra a Sida, Tuberculose e Paludismo (FMLSTP) cujo objetivo é angariar novos fundos e mobilizar o maior número de atores possíveis para se prevenir melhor e erradicar estas pandemias, soube a PANA de fonte oficial.

Será a primeira vez que França, que participou na criação deste Fundo e é o seu segundo contribuinte com mais de quatro biliões e 200 milhões euros em doações desde 2002, vai acolher esta importante conferência de financiamento.

"A decisão do chefe de Estado enquadra-se no contexto do relançamento da política de solidariedade de França e da decisão de fazer da saúde, da educação e da igualdade entre as mulheres e homens as grandes prioridades do compromisso francês no mundo", indica um comunicado do Eliseu distribuído esta quarta-feira, em Paris.

A sexta conferência de reconstituição dos recursos do Fundo Mundial deve permitir recolher financiamentos para o período 2020-2022, graças à mobilização de toda a comunidade internacional e do setor privado, promover as apostas da saúde na cena mundial e insistir na educação e na prevenção, na cobertura universal das necessidades de cuidados primários.

Permitirá progredir para o objetivo duma eliminação da sida, da tuberculose e do paludismo como ameaças à saúde pública até 2030, tal como vários países, incluindo França, se comprometeram através dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sublinha nota.

Criado em 2002, o Fundo Mundial permitiu, graças às suas ações, evitar a morte de 22 milhões de pessoas, oferecer o acesso aos tratamentos antirretrovirais contra o HIVI/Sida a 11 milhões de pacientes e um tratamento contra a tuberculose a 18 milhões de homens e mulheres, precisa a mesma fonte.

Estas doenças e os riscos de epidemias emergentes continuam infelizmente a representar um desafio maior para a saúde mundial, às consequências humanas e económicas dramáticas, em particular nos países mais frágeis causando, em 2016, a morte de mais de três milhões de pessoas.

-0- PANA BM/BEH/SOC/MAR/IZ 18maio2018