Agência Panafricana de Notícias

França, Líbia e Espanha propõem plano de saída da crise na Mauritânia

Nouakchott- Mauritânia (PANA) -- Preocupados pela crise prevalecente na Mauritânia, a Líbia, o Qatar, França e Espanha propuseram um plano de resolução que preconiza, nomeadamente, as demissões simultâneas do actual chefe de Estado, o general golpista Mohamed Ould Abdel Aziz, e do Presidente eleito Sidi Mohamed Ould Cheikh Abdallahi, derrubado por um golpe de Estado militar a 6 de Agosto último.
Segundo a imprensa mauritana, a propõe-se ainda a formação dum Governo de União Nacional, a constituição duma Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) para supervisionar o processo eleitoral, um período interino confiado ao presidente do Senado e a autorização de candidaturas às eleições presidenciais, incluindo as de Aziz e de Abdallahi.
A Junta militar actualmente no poder em Nouakchott anunciou a organização de eleições presidenciais a 6 de Junho de 2009.
Por seu turno, o Presidente derrubado apresentou um plano de saída da crise que exige o regresso do Exército às casernas antes da organização de eleições antecipadas (presidenciais e legislativas).
A comunidade internacional, por seu turno, exige um regresso à ordem constitucional conforme à Constituição vigente.
O Conselho da Paz e Segurança da União Africana (CSP/UA) anunciou, quinta-feira passada sanções contra os membros civis e militares da Junta no poder em Nouakchott.