PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Fórum reflecte no Cairo sobre migrações árabo-africanas
Cidade do Cairo- Egipto (PANA) -- Um fórum sobre os fluxos migratórios nas regiões africana e árabe iniciou-se esta segunda-feira no Cairo, no Egipto, na presença de várias personalidades das quais a directora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Irina Bokova, e o secretário-geral da Francofonia, Abdou Diouf, constatou a PANA no local.
Falando durante este encontro organizado no quadro do Fórum Permanente do Diálogo Árabo-Africano, Bokova apelou ao mundo para ter uma leitura positiva da migração.
"As migrações são fenómenos muito antigos que remontam sem dúvida aos primórdios da humanidade, quando os nossos antepassados comuns deixavam os seus territórios para terras mais hospitaleiras, florestas mais ricas em animais de caça ou climas mais suaves", lembrou a responsável da UNESCO.
Bokova, que se encontrou, por outro lado, com o Presidente egípcio Hosni Mubarak, na véspera do Fórum, insistiu igualmente na contribuição das migrações para a diversidade e a mestiçagem das culturas.
"Ao longo da história, as culturas misturaram-se sempre, enriqueceram-se e coloraram-se.
Muitas vezes de maneira frutuosa, as migrações contribuíram para os sincretismos e as fusões", sublinhou a nova directora-geral da UNESCO.
Para o secretário-geral da Organização Internacional da Francofonia (OIF)), é preciso ter cuidado para não fazer uma exploração política do tema da migração nomeadamente na Europa onde se desenvolvem "os fantasmas da cidadela sitiada".
"A apresentação caricatural da emigração para fins políticos alimenta a racismo e a xenofobia.
Isto conduz-nos a situações intoleráveis", disse Diouf, denunciando a vontade dos países europeus de erguer centros de selecção de emigrantes nos países do Magrebe.
"Será que podemos aceitar que o Sara, que foi há cerca de 10 séculos um espaço de trocas intensas, seja transformado em centro de retenção? Não se pode querer a livre circulação das informações e dos capitais e ao mesmo tempo recusar a dos homens", defendeu o ex- Presidente do Senegal.
As questões abordadas por Bokova e Diouf bem como outras problemáticas ligadas às migrações nas regiões árabe e africana serão aprofundadas durante três dias pelos participantes neste encontro do Cairo.
Após um primeiro dia de discussões introdutivas em sessão plenária, os representantes dos Estados, das organizações internacionais e da sociedade civil, assistirão, terça e quarta-feiras, a dois ateliês apresentados por peritos africanos e árabes.
Co-organizado pela UNESCO e pelo Conselho Egípcio dos Direitos Humanos, o Fórum terminará com a adopção duma Declaração visando, entre outros, ajudar os Estados africanos e árabes a elaborar e aplicar políticas mais conformes à realidade dos fluxos migratórios.
Falando durante este encontro organizado no quadro do Fórum Permanente do Diálogo Árabo-Africano, Bokova apelou ao mundo para ter uma leitura positiva da migração.
"As migrações são fenómenos muito antigos que remontam sem dúvida aos primórdios da humanidade, quando os nossos antepassados comuns deixavam os seus territórios para terras mais hospitaleiras, florestas mais ricas em animais de caça ou climas mais suaves", lembrou a responsável da UNESCO.
Bokova, que se encontrou, por outro lado, com o Presidente egípcio Hosni Mubarak, na véspera do Fórum, insistiu igualmente na contribuição das migrações para a diversidade e a mestiçagem das culturas.
"Ao longo da história, as culturas misturaram-se sempre, enriqueceram-se e coloraram-se.
Muitas vezes de maneira frutuosa, as migrações contribuíram para os sincretismos e as fusões", sublinhou a nova directora-geral da UNESCO.
Para o secretário-geral da Organização Internacional da Francofonia (OIF)), é preciso ter cuidado para não fazer uma exploração política do tema da migração nomeadamente na Europa onde se desenvolvem "os fantasmas da cidadela sitiada".
"A apresentação caricatural da emigração para fins políticos alimenta a racismo e a xenofobia.
Isto conduz-nos a situações intoleráveis", disse Diouf, denunciando a vontade dos países europeus de erguer centros de selecção de emigrantes nos países do Magrebe.
"Será que podemos aceitar que o Sara, que foi há cerca de 10 séculos um espaço de trocas intensas, seja transformado em centro de retenção? Não se pode querer a livre circulação das informações e dos capitais e ao mesmo tempo recusar a dos homens", defendeu o ex- Presidente do Senegal.
As questões abordadas por Bokova e Diouf bem como outras problemáticas ligadas às migrações nas regiões árabe e africana serão aprofundadas durante três dias pelos participantes neste encontro do Cairo.
Após um primeiro dia de discussões introdutivas em sessão plenária, os representantes dos Estados, das organizações internacionais e da sociedade civil, assistirão, terça e quarta-feiras, a dois ateliês apresentados por peritos africanos e árabes.
Co-organizado pela UNESCO e pelo Conselho Egípcio dos Direitos Humanos, o Fórum terminará com a adopção duma Declaração visando, entre outros, ajudar os Estados africanos e árabes a elaborar e aplicar políticas mais conformes à realidade dos fluxos migratórios.