Fórum Económico Mundial abre na África do Sul em contexto de violência xenófoba
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – A edição africana do Fórum Económico Mundial (FEM) iniciou-se quarta-feira, na Cidade do Cabo, num contexto particular na sequência de uma onda de violência xenófoba que já fez cinco mortos, bem como outros ataques mortíferos contra mulheres e crianças, na semana passada.
Os Presidentes do Rwanda, da República Democrática do Congo (RDC) e do Malawi decidiram não participar, nesta cimeira de alto nível, enquanto a Nigéria exprimiu a sua veemente condenação dos ataques contra os seus cidadãos por canais diplomáticos.
O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Moussa Faki Mahamat, condenou também os ataques que provocaram a detenção de vários suspeitos, em Joanesburgo e em Pretória.
Num comunicado transmitido à PANA, Faki apelou para "medidas imediatas para proteger as pessoas e os seus bens, garantir que todos os responsáveis respondam em Tribunal pelos seus atos e que a justiça seja feita para aqueles que sofreram perdas económicas e outras”.
Ele reiterou a determinação da Comissão de apoiar o Governo sul-africano para atacar as causas destes “atos hediondos” a fim de promover a paz e a estabilidade”.
Líderes de 28 países africanos participam nesta conferência de três dias que permitirá abordar questões económicas relativas ao continente.
Trata-se nomeadamente da necessidade de melhorar o financiamento e a regulamentação dos climas para os start-ups, do desenvolvimento de novas parcerias para o aperfeiçoamento e a reconversão dos trabalhadores e da forma de explorar o novo Acordo de Comércio Livre Continental, a fim de estimular a integração regional.
Por outro lado, o ministro sul-africano da Polícia, Bheki Cele, confirmou, quarta-feira, que dois Sul-africanos fazem parte das vítimas da violência xenófoba. A nacionalidade das três outras vítimas não foi revelada.
-0- PANA CU/MA/NFB/IS/IBA/SOC/FK/IZ 05set2019